11 Comentários
set 17Gostado por António Tadeia

Rodri falou agora de uma possível greve. Terão os jogadores coragem?

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Voltarei a esse tema. Provavelmente na Entrelinhas de sábado.

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set 18Gostado por António Tadeia

Eu concordaria com esta ideia se todos os clubes participantes da Champions (ou de uma possível Superliga) recebessem todos o mesmo valor monetário. Aí sim, daqui a 10/20 anos ou o que fosse poderiamos estar equiparados aos gigantes.

No entanto o que se vê agora é que a UEFA alterou a distribuição da receita da Champions para que os clubes maiores recebam mais e os mais pequenos (como os nossos) recebam ainda menos. Ora, continuando desta forma, não há Champions nem Superliga que o valha, pois as diferenças de orçamento continuarão sempre a exacerbar-se.

Pensar que eventualmente um Manchester City ou um Real Madrid receberão o mesmo que um Sporting, Benfica ou Porto pela participação/jogos é algo enganador na minha opinião. Até porque o modelo extremamente capitalista da sociedade atual não dá sinais de mudança.

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set 18Gostado por António Tadeia

Só acrescentar também um artigo sobre como na verdade os nossos clubes estão a receber menos (pelo menos nesta fase) nesta nova champions.

https://www.publico.pt/2024/09/14/desporto/noticia/benfica-sporting-iniciam-champions-valor-baixo-1862-milhoes-2104138

(Desde já peço desculpa se for contra as regras colocar aqui links de fontes externas, pode remover)

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O valor de entrada é tão baixo como era antes. A diferença é que a distribuição seguinte se definirá não apenas ou sobretudo em função de quotas de mercado mas de classificação. A receita é distribuída por mérito e não por se vir de um país grande, como até aqui. Se chegarem aos oitavos de final, os clubes portugueses sairão da Champions com uns 60 milhões de euros. Já expliquei isso aqui num artigo, em Abril: https://tadeia.substack.com/p/tudo-sobre-a-nova-champions

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set 17Gostado por António Tadeia

O António tem esta posição de comparar o futebol nacional de hoje com o futebol regional de há 70 anos. No meu entender este paralelismo é errado. Apesar da globalização e da livre circulação na União Europeia, o que identifica os povos não deixou de ser o país com as suas fronteiras definidas. Já nem me refiro a determinadas regiões (Catalunha, País Basco, Flandres) onde o que identifica as populações parece ser a própria região e não o país. Aliás, o ressurgimento dos nacionalismos a nível internacional é prova de que desta realidade não terminou. Pela mesma razão, as rivalidades nacionais vão ser sempre mais prevalecentes do que as internacionais. Não tenho dúvidas que, para os adeptos do Sporting, um Sporting x Lille intersa muito menos do que um Sporting x Benfica.

Até gostaria de maior integração competitiva a nível internacional, mas os contextos nacionais não creio que o permitam.

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Sim, interessa mais um Sporting-Benfica do que um Sporting-Lille, mas interessa mais um Sporting-Lille do que 30 dos 34 jogos que o Sporting vai fazer na Liga Portuguesa. Percebo a sua ideia, das identidades nacionais, mas o que mudou foram os meios de comunicação. Não só pelas facilidades de transporte como pelas facilidades de visualização do que sucede lá fora. Não há nacionalismo que lhe valha quando os miúdos já só virem à Premier League e se estiverem nas tintas para o Moreirense-Gil Vicente.

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set 18Gostado por António Tadeia

Se formos por aí, os miúdos não se aguentam a ver nenhum jogo sequer porque não se conseguem concentrar e se aborrecem. Não pode ser essa a nossa bitola. E tenho muitas dúvidas que haja verdadeiros adeptos (a comprar merchandising, a consumir notícias...) de clubes estrangeiros em grande escala como vemos dos clubes nacionais. O futebol não é um fenómeno para o nicho, mas popular e o mais próximo possível dos adeptos.

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O Tomás é que foi por aí. O meu interesse na coisa é mais prático. Com o nosso mercado não chegamos lá. Precisamos de partilhar mercado com quem faz mais dinheiro ou seremos para sempre irrelevantes.

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set 17Gostado por António Tadeia

A partir do momento em que temos equipas a criar planteis para vencer a Liga dos Campeões, temos equipas a usar os campeonatos apenas para apuramento para essa mesma Liga. Já há adeptos de clubes estrangeiros, acaba por ser uma inevitabilidade que se criem rivalidades internacionais.

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set 17Gostado por António Tadeia

Os ingleses têm uma grande tendência para a hipocrisia, como os Estados Unidos das Leis Jim Crow a se intitularem de "land of the free". O dinheiro sempre mandou no futebol e é por isso que nunca entendi a escandaleira de quando surgiu o PSG ou o City milionários, quando o dinheiro mandava no futebol já quando o Sporting foi buscar uma série de jogadores ao Benfica no inicio do século XX. O que não deveria ser permitido são os truques contabilísticos e a troca de jogadores entre clubes do mesmo grupo, como o Tadeia escreveu ontem sobre o que se passa em Inglaterra, isso sim digno de vergonha. Ou o fair-play financeiro construído para manter os pequenos, pequenos e os grandes, grandes.

Honestamente, o novo modelo faz-me alguma confusão. Porque jogando 8 jogos, dentro de uma mesma liga, sem que joguem uns contra os outros, onde duas equipas podem acabar por lutar pela mesma posição sem nunca se defrontarem. E claro o playoff, que sou sempre contra e não vejo o sentido para tal.

Mas...acho que acaba por ser mais fácil para as equipas médias, como os 3 grandes de Portugal, ficar nos 8 primeiros e passar aos 1/8, porque acabam os grupos da morte ou os sorteios em que os clubes do pote 1 acabavam a jogar contra equipas muito mais fracas, ficando o segundo lugar como único disponível. Agora o City já pode apanhar o Real Madrid e não apenas o Villarreal, por exemplo.

Possível vencer a Liga dos Campeões é sempre, recuso a ideia de que os orçamentos vencem títulos, já tivemos provas do contrário. É sim muito pouco provável e não é realista anunciar a candidatura ao titulo como fez Luís Filipe Vieira há meia dúzia de anos. Mas a questão do mercado é muito importante. Não vale a pena falar de distribuição de lucros antes de aumentar os lucros e para isso voltamos ao que disse antes no artigo relativo à necessidade de vender: os clubes da Liga têm de se reunir e ter a coragem de discutir tudo sem tabus, desde o modelo competitivo à coragem na aplicação das regras, dos estádios aos empréstimos, das contas aos bilhetes, e têm de ter a coragem de colaborar...Até lá, nem vale a pena discutir o resto.

Quanto aos jogos a mais, é a UEFA e a FIFA serem adultos e pararmos com esta discussão UEFA contra FIFA e os jogadores terem coragem de lutar. O playoff dos oitavos da Liga dos Campeões, os campeonatos de 20 equipas, as Taça da Liga, a Liga das Nações, as Copa América ora de 4 em 4, ora de 2 em 2. ora todos os anos, as Nações Africanas e Asiáticas em janeiro e o Mundial de Clubes, também têm de entrar na contagem.

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