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Calabote, o Apito Dourado e as prendas, não foram conspiração, falar disso com essa leveza, como se nada tivesse acontecido, estraga o tom do texto. Entendo que se queria ver a arbitragem como algo sempre sério e imparcial, mas não podemos nos fazer de sonsos.

Os árbitros são os principais culpados do clima de desconfiança, pois protegem-se em demasia e têm formas diferentes de reação conforme o clube. Não é conspiração, é facto.

Quando alguém prova que um clube oferece jantares, a primeira reação não deve ser de defesa mas de investigação seria. A preocupação não deve ser que prendas podem ser oferecidas e até que valor mas sim a recusa de toda e qualquer oferta. E não me digam que água é oferta...

Quando há críticas a arbitragem, os árbitros em Portugal reagem conforme que se queixam, entre o colocar na jarra, a indignação e a ameaça de greve.

A falta de árbitros no Mundial, deve-se mesmo a falta de qualidade dos mesmos. Não digo que o meu clube não ganhou por culpa da arbitragem, mas temos árbitros que mais do que apitar demais, apitam mal e cometem erros graves que o VAR impede.

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Sr. Tadeia, além de apreciador de futebol, tenho um background na arbitragem. E sei, obviamente, como as promoções funcionam. Menciono isto porque acredito que o problema da Arbitragem portuguesa é muito mais estrutural do que se tende a admitir.

Não vou esmiuçar como os diversos Quadros de Árbitros, nas diversas categorias, são formados, não vou colocar a legalidade, a legitimidade ou a seriedade em causa, mas, dou-lhe um exemplo concreto: a ascensão meteórica de Duarte Gomes (já retirado, para não ferir susceptibilidades). Quem se estreia como Árbitro em 92/93 e em 97/98 qualifica-se para a 1ª Divisão é, para a arbitragem, um predestinado, um prodígio, um Mozart!

Então, será que, também hoje, chegam ao Quadro alguns «predestinados», antes de provarem competência, mas, sobretudo, que não são garantes de estanquicidade à pressão mediática e dos Clubes (não infiro corrupção)?

E os Internacionais “proveta”?- Árbitros em estreia na Primeira Categoria promovidos a Internacional só porque dominam a Língua Inglesa e há que assegurar as quotas?

Com Árbitros mal preparados, com crónico favorecimento aos grandes, arrogantes e incompetentes, suscetíveis a pressões, com jogadores batoteiros, e um status quo instalado temos, então, reunidas as condições para o baixo nível das arbitragens no campeonato e o que se reflete no exterior. Ninguém quer o jogo constantemente parado por nano-faltas, absurdas interpretações das Leis, escandalosos critérios diferentes em análise de lances análogos, ou parcialidades disciplinares!

Para melhorar a Arbitragem e para que se vejam Árbitros a alto nível internacional é necessária uma reestruturação total do sector, começando pela formação, favorecendo a competência ao clientelismo e amiguismo. – A maioria dos que lá estão agora não servem!

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Caro Tadeia, não transfira a desilusão por não termos árbitros no Mundial à paixão clubística. Não temos porque nos venderam, nos últimos anos, a narrativa que tínhamos grandes juízes, porque fomos dos primeiros a ter VAR e a ter grandes especialistas na matéria. Tudo certo... para a UEFA. Soares Dias é, por exemplo, um bom árbitro para a UEFA, mas será para a FIFA? Não seremos nós prejudicados, nesta matéria, pela guerra FIFA-UEFA? E já ouviu os nossos altíssimos dirigentes a falar sobre o assunto? Por exemplo, Fernando Gomes? Não, não temos bons árbitros e esta análise nada tem de clubismo. São factos. Foi isso que viu a FIFA e que, agora, nos admiramos tanto. O futebol português precisa de uma limpeza. De árbitros, dirigentes, de guerra de alecrim e manjerona, como ter setores divididos entre Liga e FPF.

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O panorama qualitativo da arbitragem nacional não é famoso, mas, convenhamos, nunca tivemos tradição de estar nas fases finais. Somos demasiado periféricos. Uma condição que ainda agravam os com as constantes suspeições lançadas semana após semana, campeonato após campeonato. Em todos os países há erros, bons e maus árbitros, mas aqui a discussão em torno de um frame ou de um lance é levada até ao expoente máximo da náusea. E infelizmente o povo gosta, com a gentil contribuição das máquinas dos clubes, que foram tomadas de assalto por franco-atiradores. Impera a manipulação para extremar discursos, tornando o ambiente insustentável. Curiosamente, ou não, nas provas europeias até somos muito compreensivos... Porque nos fazem doer as baboseiras que dizemos ou fazemos.

Posto isto, prefiro ter a seleção no mundial do que um ou dois árbitros.

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Mai 20, 2022·editado Mai 20, 2022

De Inglaterra vão 5 ou 6 árbitros e ainda num dos últimos jogos do Everton vi o maior atentado à verdade cometida por um VAR e a arbitragem passou incólume e eles lá vão para o Qatar.

Não é por aí..

Os árbitros portugueses que queiram ser transparentes e que tornem as suas decisões certas ou erradas o mais honestas possíveis, que façam chegar à opinião pública o que se passa por exemplo nas comunicações.

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"..demasiado medo de errar para se poder apitar em boas condições. Um árbitro em Portugal defende-se muito mais do que um árbitro no estrangeiro..."

Isto chama-se condicionamento. É efetuado de forma coordenada pelos clubes em Portugal e razão pela qual defendo de forma acérrima a existência de árbitros estrangeiros nos nossos jogos, pelo menos no VAR.

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