Sérgio Conceição e Nuno Dias foram abertos na palestra da ANTF mas isso não foi relevado pelo jornalismo, porque o público, condicionado pelo que lhe é servido pelos clubes, não está habituado a tal.
Caro Tadeia, no nosso tempo (estamos velhos!!!! :( ), os jornalistas conviviam com jogadores, treinadores e até dirigentes à porta dos estádios; no nosso tempo, as entrevistas faziam-se de um dia para o outro. Tenho para mim que, a partir do "Caso Oliveira" (para quem não saiba, uma conversa, alegadamente off record, do então treinador do FCP António Oliveira no antigo estádio das Antas e que se tornou pública, precisa e curiosamente pelo Record), tudo mudou nessa relação. Não sou saudosista. Falo nisto, apenas, para refletir que os tempos, hoje, são outros. Nem melhores nem piores. Porque há SADs, porque os jornais estão na miséria, porque as redes sociais proliferam, porque os assessores são mais importantes que os presidentes, porque não há espaço para o confronto de ideias (já viu que os próprios homens do futebol se resignam). Estes momentos, como os que são proporcionados pela ANTF são, infelizmente, raros.
Mar 23, 2022·editado Mar 23, 2022Gostado por António Tadeia
O jornalismo vive numa encruzilhada de equívocos, agravada pelo desespero da sobrevivência. Algures entre aquilo que o público quer e aquilo que dá muitos cliques estamos a perder o foco do que é mais importante: dar notícias, revelar o que é o interessante, no fundo, informar. E se a notícia é o homem que mordeu o cão, e não o seu contrário, também não é preciso noticiar apenas quando o homem despedaça o cão. Há muitas formas de noticiar, até a mesma situação. E a diversidade seria a riqueza do jornalismo. Mas o que vemos é andarem todos a fazer o mesmo e com a ânsia de dar aquilo que o povo quer. O seu povo. A verdade também é que se for dado um conteúdo diferente, a malta que tanto protesta só vai ver o que entende ser de acordo às suas cores. Não está fácil equilibrar isto. É a culpa é de todos.
Mas porquê o exclusivo? Porque é que havia de ser o único a ter acesso a esse treino e ao que lá se passaria?
Porque se for para todos não me justifica a despesa da deslocação. 😁
Caro Tadeia, no nosso tempo (estamos velhos!!!! :( ), os jornalistas conviviam com jogadores, treinadores e até dirigentes à porta dos estádios; no nosso tempo, as entrevistas faziam-se de um dia para o outro. Tenho para mim que, a partir do "Caso Oliveira" (para quem não saiba, uma conversa, alegadamente off record, do então treinador do FCP António Oliveira no antigo estádio das Antas e que se tornou pública, precisa e curiosamente pelo Record), tudo mudou nessa relação. Não sou saudosista. Falo nisto, apenas, para refletir que os tempos, hoje, são outros. Nem melhores nem piores. Porque há SADs, porque os jornais estão na miséria, porque as redes sociais proliferam, porque os assessores são mais importantes que os presidentes, porque não há espaço para o confronto de ideias (já viu que os próprios homens do futebol se resignam). Estes momentos, como os que são proporcionados pela ANTF são, infelizmente, raros.
O jornalismo vive numa encruzilhada de equívocos, agravada pelo desespero da sobrevivência. Algures entre aquilo que o público quer e aquilo que dá muitos cliques estamos a perder o foco do que é mais importante: dar notícias, revelar o que é o interessante, no fundo, informar. E se a notícia é o homem que mordeu o cão, e não o seu contrário, também não é preciso noticiar apenas quando o homem despedaça o cão. Há muitas formas de noticiar, até a mesma situação. E a diversidade seria a riqueza do jornalismo. Mas o que vemos é andarem todos a fazer o mesmo e com a ânsia de dar aquilo que o povo quer. O seu povo. A verdade também é que se for dado um conteúdo diferente, a malta que tanto protesta só vai ver o que entende ser de acordo às suas cores. Não está fácil equilibrar isto. É a culpa é de todos.