Estou de acordo que o jornalismo tem de ser pago pelos leitores / ouvintes. No entanto, se eu fosse pagar por cada a órgão de comunicação que acompanho, iria à falência. Além do António, sou mecenas de dois podcasts generalistas e assinante de dois jornais generalistas e um económico. Seria absolutamente incomportável pagar mais do que já pago e mesmo o que já pago vai bem além do que à grande maioria paga
Creio que o futuro do jornalismo também deveria passar pela colaboração e não pela atomização, de forma a ganhar escala e reduzir o custo unitário para o leitor. Mesmo que exercido em modo freelance.
Também acredito nisso. A questão é que é complicado encontrar o cocktail que seduza cada potencial leitor. O normal é você gostar de uns e não gostar de outros. A “colaboração” são os média tradicionais: por pouco mais do que custa o meu Substack tem centenas de artigos num órgão de comunicação tradicional. Que para fazer esses preços depois não consegue pagar a freelancers o justo valor por um artigo. Eu sou freelancer e nos últimos dez anos só consegui escrever um artigo para os media tradicionais. Não sei se é por acharem que estou ultrapassado se é por acharem que não me podem pagar. Mas o meu único caminho passa a ser o da “atomização”.
Se o efeito escala funcionar, a preferência por um dos criadores deixa de ser relevante, uma vez que o preço que de paga (mesmo que seja para ler só um e não os dois) supera o que se pagaria para ler o preferido, se ele trabalhasse sozinho. E isto não tem de ser feito num órgão de comunicação tradicional.
Concordo e subscrevo. Nascem jornalistas desportivas como cogumelos, sem saberem nada da profissão ou da ética do jornalismo. O mesmo acontece na minha área profissional (sou historiador), na qual qualquer um escreve livros sobre história, sem saber nada da metodologia científica necessária. A partir daí, ganha o crachá de historiador...
O jornalismo político tem muitas culpas no cartório, porque acharam que manteriam o monopólio das noticias falsas, mas acabaram tramados pelo facebook e pelos políticos que quiseram subir com as noticias "inventadas", e que acabaram, ironicamente, por usar isso para atacar também a imprensa. No jornalismo desportivo, pelo menos em Portugal, acabaram vitimas de um sistema do qual viveram durante anos a fio, de programas "desportivos", geralmente três estarolas, cada um representando um dos três grandes, com gritos, insultos, agendas, fotocópias, etc.
Estou de acordo que o jornalismo tem de ser pago pelos leitores / ouvintes. No entanto, se eu fosse pagar por cada a órgão de comunicação que acompanho, iria à falência. Além do António, sou mecenas de dois podcasts generalistas e assinante de dois jornais generalistas e um económico. Seria absolutamente incomportável pagar mais do que já pago e mesmo o que já pago vai bem além do que à grande maioria paga
Creio que o futuro do jornalismo também deveria passar pela colaboração e não pela atomização, de forma a ganhar escala e reduzir o custo unitário para o leitor. Mesmo que exercido em modo freelance.
Também acredito nisso. A questão é que é complicado encontrar o cocktail que seduza cada potencial leitor. O normal é você gostar de uns e não gostar de outros. A “colaboração” são os média tradicionais: por pouco mais do que custa o meu Substack tem centenas de artigos num órgão de comunicação tradicional. Que para fazer esses preços depois não consegue pagar a freelancers o justo valor por um artigo. Eu sou freelancer e nos últimos dez anos só consegui escrever um artigo para os media tradicionais. Não sei se é por acharem que estou ultrapassado se é por acharem que não me podem pagar. Mas o meu único caminho passa a ser o da “atomização”.
Se o efeito escala funcionar, a preferência por um dos criadores deixa de ser relevante, uma vez que o preço que de paga (mesmo que seja para ler só um e não os dois) supera o que se pagaria para ler o preferido, se ele trabalhasse sozinho. E isto não tem de ser feito num órgão de comunicação tradicional.
Certo, Tomás. Mas porque é que o efeito escala não funciona nos órgãos tradicionais?
Porque a partir de certo ponto há desconomias de escala, quando a estrutura está sobredimensionada.
Concordo e subscrevo. Nascem jornalistas desportivas como cogumelos, sem saberem nada da profissão ou da ética do jornalismo. O mesmo acontece na minha área profissional (sou historiador), na qual qualquer um escreve livros sobre história, sem saber nada da metodologia científica necessária. A partir daí, ganha o crachá de historiador...
O jornalismo político tem muitas culpas no cartório, porque acharam que manteriam o monopólio das noticias falsas, mas acabaram tramados pelo facebook e pelos políticos que quiseram subir com as noticias "inventadas", e que acabaram, ironicamente, por usar isso para atacar também a imprensa. No jornalismo desportivo, pelo menos em Portugal, acabaram vitimas de um sistema do qual viveram durante anos a fio, de programas "desportivos", geralmente três estarolas, cada um representando um dos três grandes, com gritos, insultos, agendas, fotocópias, etc.
Isso dos três estarolas não é nem nunca foi jornalismo. É entretenimento.
Mas o certo é que passou nos canais de noticias e deu-nos fenômenos como Ventura. Acabaram por contribuir para mais do que um mal.