O que deve fazer a comunidade desportiva internacional face à agressão russa? Precisamente o contrário do que tem feito até aqui, que tem sido legitimar a ambição sem limites de Putin.
Se excluir atletas ou seleções de provas até é fácil, exige-se coragem para dispensar os milhões que sustentam muitas competições, equipas e toda a máquina associada. Uma coragem que infelizmente não é apanágio dos decisores desportivos. Que se soma à irracionalidade dos adeptos. Poucos questionam de onde vem o dinheiro que sustenta muitos clubes e quando se admitem hipóteses menos honestas tendem a desculpabilizar e a diabolizar quem coloca em causa o emblema. O desporto indústria, futebol em particular, mover-se numa teia de interesses tão intrincada quanto nebulosa. E se nem todo o capital é vil, todos sabem que há muita sujidade latente que interessa manter debaixo do tapete.
Para mim existe sempre o dilema de castigar os atletas, clubes e todos que trabalham no desporto por causa das decisões dos seus governantes. Mas se calhar é isso que tem que se passar para dissuadir os malfeitores.
Caro António Tadeia,
Parabéns por esta crónica.
Todas as crónicas são bastante equilibradas, com a devida isenção e bem escritas, mas esta destaco pelo momento vivido e pelo seu conteúdo.
Um abraço com elevada estima,
António Vale
Fotojornalista desportivo
Excelente Texto. Continuação de um Extraordinário Trabalho
As guerras trazem sempre mais injustiças do que o contrário.
Não devemos nem podemos pactuar nem ser brandos com quem provoca a guerra.
A ser feita feito algum tipo de injustiça, que seja contra quem a provoca porque as mortes de inocentes e feridos etc, não perguntam por explicações.
Se excluir atletas ou seleções de provas até é fácil, exige-se coragem para dispensar os milhões que sustentam muitas competições, equipas e toda a máquina associada. Uma coragem que infelizmente não é apanágio dos decisores desportivos. Que se soma à irracionalidade dos adeptos. Poucos questionam de onde vem o dinheiro que sustenta muitos clubes e quando se admitem hipóteses menos honestas tendem a desculpabilizar e a diabolizar quem coloca em causa o emblema. O desporto indústria, futebol em particular, mover-se numa teia de interesses tão intrincada quanto nebulosa. E se nem todo o capital é vil, todos sabem que há muita sujidade latente que interessa manter debaixo do tapete.
Infelizmente têm mesmo de pagar os justos pelo pecador. A bandeira russa não mais pode subir nestas circunstâncias.
Exatamente!
Para mim existe sempre o dilema de castigar os atletas, clubes e todos que trabalham no desporto por causa das decisões dos seus governantes. Mas se calhar é isso que tem que se passar para dissuadir os malfeitores.