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set 10Gostado por António Tadeia

Volto a dizer. Em Portugal os clubes não querem discutir formas de o futebol ser rentável sem ter de recorrer ou à venda apressada do maior talento do clube, que leva ao absurdo de ter agentes a oferecer jogadores em nome do clube, aos quais acabam a pagar com Vinagres, ou à salvação por um milionário que apareça e compre a SAD.

Os adeptos também não querem discutir, porque aceitaram este status quo, porque se envolvem em campeonatos das transferências como se o objetivo não fosse ganhar títulos e criam dogmas, como o dos quadros competitivos, envolvidos em discussões sobre justiça e democracia ou do que é um campeonato, como se o desporto não fosse na sua natureza antidemocrático, a justiça não fosse apenas e só as regras serem iguais para todos e campeonato não fosse apenas um nome, porque não depende do modelo por pontos ou por eliminatórias.

Enquanto assim for, enquanto não discutir como pode o campeonato ser rentável, como chamar adeptos aos clubes da terra, como usar o marketing da melhor forma, como internacionalizar o campeonato, vamos continuar com relatórios e contas cheios de ilusionismo, vendas apressadas, comissões chorudas e clubes destruídos por SAD.

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De acordo com muito do que escreveu. Só não acho que a responsabilidade seja das SAD. As SAD são uma forma moderna, responsável e juridicamente responsável de olhar para a indústria do futebol. Aquilo de que o Ricardo não gosta é de que haja dinheiro obsceno envolvido. Mas as quantidades obscenas de dinheiro não têm que ver com as SAD. Têm que ver com a economia global. Chegariam com SAD ou sem SAD.

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Claro que o dinheiro sujo é problema e que o problema não são as SAD, são as pessoas por trás das SAD. Mas o que falo mesmo é da gestão do futebol português e uma discussão que não se quer ter, precisamente para manter o status quo que alimenta tanta gente.

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