O que a escolha de Mbappé e o processo Haaland demonstram não é o poder dos clubes-estado mas sim o crescente poder dos jogadores e das suas estruturas no que é o futebol Mundial.
Eu acho piada quando os adeptos falam em futebol contra o dinheiro, ou que o dinheiro ganhou ao futebol, principalmente quando falamos em confrontos contra Real Madrid, Manchester United, Barcelona...Ou a piada do "os valore$ são outros"...Não são. Os valores são os mesmos, quem tem mais dinheiro sempre teve acesso aos melhores jogadores, já era assim em 1907 quando oito jogadores do Benfica foram para o Sporting porque pagava mais, é por isso que em Portugal os 3 primeiros são quase sempre os mesmos, é por isso que os 3 grandes em Portugal ganham mais vezes, é por isso que o Real Madrid tem tantos troféus da Liga dos Campeões e Taça dos Campeões Europeus.
O que mudou foi o paradigma e as pessoas que entraram no futebol, parecem jogadores de Football Manager com acesso a fundos ilimitados, querem criar superequipas, com superestrelas e aí, concordo em pleno, quem começou foi o Real Madrid, mas vou mais longe, o único problema para os adeptos é o pequeno ter começado a ganhar, porque só quando o Chelsea começou a competir pela Liga Inglesa e a ganhar na Europa, quando o PSG apareceu em grande força no campeonato francês, quando o City ultrapassou o United como a melhor equipa de Machester, é que o dinheiro passou a ser um problema. Ninguém reclamou dos Galáticos, poucos reclamam do Bayern de Munique contratar todo e qualquer jogador/treinador que se destaque na Bundesliga, acabando por matar essa liga cuja competitividade é inexistente...As pessoas querem competitividade, mas não suportam a ideia de um clube fora dos do costume começar a ganhar troféus. Tenho a certeza absoluta que se amanhã o Paços de Ferreira, por exemplo, fosse comprado por um multimilionário que fizesse do clube campeão, víamos os três grandes a reclamar do domínio do dinheiro no futebol e o Paços de Ferreira passava a ser o clube mais odiado do país.
O maior poder dos jogadores não vem de agora e foi sendo construído também pelos adeptos, que sempre apoiaram as birras para sair, que achavam normal que um jogador forçasse a saída para outro clube (que não o seu, claro), vai sendo cada vez maior e isso vai ser um problema. Mas nada tem a ver com o dinheiro, o dinheiro por Mbappe não me choca, nem me surpreende. O que me choca sim são as clausulas de que falam que faz de Mbappe uma ameaça para qualquer treinador do PSG, que faz de Mbappe o verdadeiro presidente do PSG.
É preciso fazer algo contra isso, concordo, mas não com o fair play financeiro nem nada que limite o investimento ao lucro, ou às vendas, porque isso só mantém o pequeno pequeno e o grande grande, algo que os adeptos negam, mas na verdade é o que querem.
O problema do novo paradigma que defendes é de onde provém esse dinheiro, e à custa de quem.
É tudo uma questão de principios e do que se quer perpetuar.
Aquilo que defendes é basicamente defender o que a Rússia fez, ou qualquer outra nação imperialista fez. Tem poder economico, tem armamento, tem adeptos pró russos, tem motivações sociais. Porque não uma invasão? Porque não investir num clube de futebol e acabar com a hegemonia de outros? Redesenhar a história.
O Real construi uma hegemonia pela HISTÓRIA, não foi pelo CAPITAL investido. O Real vai muito, muito, muito mais além dos GALÁTICOS.
O que torna o futebol português fraco não é a falta de investidores. O que o torna fraco é aquilo que vamos ver na época de transferências. Saem 15 atletas entram outros 15, a custo zero, por uma época. É o mercado a funcionar, dizem. Isto só beneficia os grandes e o clubes mais estáveis. Tivessem os grandes outro altruismo/solidariedade e o campeonato seria mais competitivo. A solidariedade dos grandes é efetuada nos jogadores emprestados, nada mais, e mesmo esses são dispensáveis.
Ninguém quer perder privilégios. Sobretudo as grandes equipas.
Não sou pelo mercado desregulado, mas também penso que o futebol romântico já ficou no século passado. Os clubes já não são dos sócios - onde isso já lá vai, mesmo em Portugal - e investidores são precisos. Essa conversa de pertencerem a estados isto-e-aquilo não me convence pelo simples facto que não podemos atirar pedras para os telhados dos vizinhos. Talvez seja por isso que ninguém nos pega. Continuamos puros e castos à procura de títulos de trazer por casa. Enquanto assim for deixem de sonhar com Champions, Ligas Europa....
Também sou da opinião que expressão clube estado, em relação ao Real, não foi feliz. Mais depressa é o Barcelona que o Real.
De qualquer maneira, o Real é atualmente um clube pouco sedutor, tal como o rival Barcelona.
Na minha opinião deve-se a vários fatores, mas o motivo principal é sobretudo a perda da La Liga dos dois maiores embaixadores, cujo nome não vale a pena lembrar. La Liga pode ser, atualmente, uma liga mais pobre financeiramente, mas mesmo assim é 10x melhor que a liga francesa.
Mbappe escolheu a estabilidade pessoal, e continuar a fazer a diferença numa liga, na minha opinião, mediocre. O segundo melhor coletivo gaulês (seja Lille, Lyon, Marselha ou Monaco), qualquer uma delas acabaria em 6/7 lugar na La Liga.
Por outro lado Mbappe escolheu o elenco PSG com Neymar e Messi, essa escolha é tão válida como quem escolheu os Galáticos para jogar com Ronaldo fenomeno, Zidane ou Figo.
Para mim, Mbappe nem sequer é superior a Henry. Atualmente nem sequer é superior a Benzema, e basta ver o último Euro para ver o quão banal foi Mbappe ao lado de Benzema. Além de ter sido do trio Mbappe-Benzema-Griezman o que menos trabalhava. Portanto Mbappe é outro produto de PROPAGANDA.
Por falar em propaganda, o próprio Mbappe já nos é "comercializado" há muito tempo como o sucessor do trono de Messi e CR, mesmo com os inêxitos internos e externos. Já ninguém se lembra que o Lille foi campeão na época transacta.
Para mim a reação do Real deve-se ao facto de se ter sentido enganado e não porque parou no tempo desde 2000. O Real e o Barcelona sabem bem qual é o problema: Euros.
Sinceramente tenho pena que a La Liga esteja em queda e não seja suficientemente aliciante. O jogador latino (hispânico, lusitano e sul americano) é de longe o que melhor entende o jogo e o torna mais competitivo. Não tenho dúvidas nenhumas sobre isso. La Liga é um gigante adormecido e em potencial muito mais forte que a Premier League. Tivesse La Liga o capital da PL e o futebol estaria num patamar nunca antes visto. E prova disso é que dificilmente veremos equipas como os Galáticos e como a do Barcelona, que simplesmente esmagavam qualquer adversário.
A liga italiana era forte há 20 anos (Milan, Inter, Lazio, Roma, Juventus) porque todos os melhores jogadores sul americanos jogavam em Itália. Atualmente a campeã Milan foi inferior ao FCP o que não deixa de ser um paradigma revelador do patamar da Liga Italiana.
a maior ilação a tirar deste episodio a meu ver é que tentar policiar as finanças dos clubes com o Fair Play Financeiro simplesmente não funciona, existem sempre formas de contornar estas restrições
Não deixa de ser engraçado todo este barulho da máquina propagandista de Madrid...quando dos Galácticos era uma força brutal e não havia mal nenhum no mundo.
Acho que foi uma jogada de mestre da "estrutura Mbappé"...deixar andar, falar com o Real para haver mesmo uma proposta efectiva e ter uma casca de banana para o dono do PSG pisar e fazer o que fez.
Financeiramente um golpe de génio, desportivamente acho que Mbappé vai continuar a ser o melhor marcador e campeão de França e acabou...
Como se viu, não é por se juntar Messi, Mbappé, Neymar, Sérgio Ramos entre outros, que se é campeão europeu que acho que é e só pode ser o sonho do dono do clube.
Acredito que com Zidane à frente da equipa as coisas poderão ser diferentes.
P.S - Acho que Sarabia poderá perfeitamente fazer de Di Maria, assim lhe seja dada oportunidade.
No futebol que idealiza não lhe interessa que os clubes sejam substituídos por estados? Que sejam veículos de propaganda de estados ditatoriais ou de estados que violam direitos fundamentais? É esse o futebol que idealiza?
Açambarcar os melhores jogadores se decorrer da grandeza de um clube e da sua capacidade de gerar receitas próprias não me choca. Choca-me é clubes serem detidos por estados que são um poço sem fundo e podem lavar a imagem e o dinheiro através do futebol e incumprem todo o tipo de regras e tornam a competição viciada.
O City é bicampeão inglês tendo já sido apanhado a violar o fair play financeiro e a tentar simular receitas e a ser financiado diretamente por um estado, algo que é proibido.
Acima de tudo, não consigo entender como pode comparar com o Real Madrid e dizer q também é um clube estado. Das grandes equipas da Europa aquela que mais longe está de ser um clube estado é mesmo o Real Madrid. É 100% dos sócios. A comparação n faz sentido.
Os valores que esta operação atinge lançam sobretudo uma questão filosófica sobre o nosso entendimento enquanto sociedade. Aceitamos e até celebramos que uma pessoa possa ganhar estas somas. Por muito dinheiro que a indústria futebol possa gerir, não considero admissível esta enormidade. Como muitas outras já vêm acontecendo. E noutras áreas também.
Centrando a questão apenas na vertente desportiva sempre quero ver como se gere um balneário em que um jogador tem poder executivo na escolha de treinador e colegas. Tem tudo para acabar mal. Tudo o que não seja ganhar a Champions será fracasso. O campeonato deve ficar ganho no fim da primeira volta.
Por outro lado, e não sendo hoje 1 de abril, parece-me no mínimo exagerada a noticia de que ruben amorim está no topo das prioridades do PSG para substituir.
Caro António Tadeia. A ser verdade o que se fala por aí de 300 milhões de prémio de assinatura e de 100 milhões de euros por ano, mais influência na escolha do treinador e de outras decisões do clube, não acha que internamente pode contribuir para uma maior desunião no seio da equipa, com consequências negativas para o rendimento da equipa? Sempre houve jogadores com maior poder dentro de um clube, mas a este nível, não me recordo de nenhum. Abraço.
Não creio que isso seja inteiramente verdade. Aí temos de contar com o poder da máquina propagandística do Real Madrid. Agora em qualquer clube os melhores jogadores são parte ouvida sempre que há mudanças no projeto.
Com todo o respeiro mas chamar o Real Madrid de clube estado não faz qualquer tipo de sentido. O Real Madrid é dos seus sócios. Nem SAD é. O dinheiro e a grandeza que tem advém do seu mérito desportivo e dos adeptos que tem por todo o mundo.
Não tem sequer um investidor árabe ou russo com dinheiro sujo por trás. Não incumpre o fair play financeiro e não gasta mais do que as receitas que gera. A comparação é descabida atendendo a que se há clube que está longe de ser detido pot um estado é o Real Madrid que nem sequer tem um investidor ou uma SAD. É totalmente dos sócios e, nos dias que correm, é uma raridade.
O PSG, tal como o City, são clubes controlados por estados que têm um poço sem fundo de dinheiro e o injetam nos clubes, dando-lhes um crescimento artificial. No dia em q saiam os clubes voltam à sua irrelevancia.
Violam sistematicamente o fair play financeiro e, por isso, competem com batota em relação aos seus competidores.
São veículos de promoção de estados nada democráticos e violadores de direitos fundamentais e não clubes de futebol.
É uma mentira ter clubes de futebol a ter que competir contra estados. No futebol que o AT idealiza, deixamos de ter clubes e passa a ser Qatar contra Arábia Saudita, contra Dubai, contra China, etc.
João, o meu problema não é com o nome ou a nacionalidade dos patrões. Eu quero lá saber se é o Florentino ou o Al-Thani. Desde que não sejam criminosos e as operações corram dentro da lei, claro. O meu problema é com clubes que açambarcam os melhores jogadores todos. Isso, sim, eu gostaria de evitar no futebol que idealizo, como diz.
Eu sei é que quem controla o Real Madrid são os seus sócios. A 100%. Não há um estado por trás que faz do clube o que quer e o utiliza como propaganda.
Depois quando acontece a guerra da Ucrânia aí sim começam a preocupar-se em como andaram a permitir que entrasse dinheiro no futebol de qualquer forma seguindo essa lógica que n interessa saber de onde vem.
E o que acha da escolha do jogador, acha que poderá haver um "trade-off" entre poder e glória?
Em Paris ele não só reforça o estatuto como fica, dizem, com o clube nas mãos. Em Madrid não seria mais um, mas o Madrid tem por hábito dar no ego às suas estrelas, fazê-las perceber que o clube é, foi, e será maior que eles. Principalmente se do outro lado estiver um rival à altura - vamos ver o que sai de Barcelona.
Eu tenho para mim que demasiado estatuto não é saudável para o jogador nem para a equipa, e pode ter algum peso no rendimento desportivo.
Eu acho piada quando os adeptos falam em futebol contra o dinheiro, ou que o dinheiro ganhou ao futebol, principalmente quando falamos em confrontos contra Real Madrid, Manchester United, Barcelona...Ou a piada do "os valore$ são outros"...Não são. Os valores são os mesmos, quem tem mais dinheiro sempre teve acesso aos melhores jogadores, já era assim em 1907 quando oito jogadores do Benfica foram para o Sporting porque pagava mais, é por isso que em Portugal os 3 primeiros são quase sempre os mesmos, é por isso que os 3 grandes em Portugal ganham mais vezes, é por isso que o Real Madrid tem tantos troféus da Liga dos Campeões e Taça dos Campeões Europeus.
O que mudou foi o paradigma e as pessoas que entraram no futebol, parecem jogadores de Football Manager com acesso a fundos ilimitados, querem criar superequipas, com superestrelas e aí, concordo em pleno, quem começou foi o Real Madrid, mas vou mais longe, o único problema para os adeptos é o pequeno ter começado a ganhar, porque só quando o Chelsea começou a competir pela Liga Inglesa e a ganhar na Europa, quando o PSG apareceu em grande força no campeonato francês, quando o City ultrapassou o United como a melhor equipa de Machester, é que o dinheiro passou a ser um problema. Ninguém reclamou dos Galáticos, poucos reclamam do Bayern de Munique contratar todo e qualquer jogador/treinador que se destaque na Bundesliga, acabando por matar essa liga cuja competitividade é inexistente...As pessoas querem competitividade, mas não suportam a ideia de um clube fora dos do costume começar a ganhar troféus. Tenho a certeza absoluta que se amanhã o Paços de Ferreira, por exemplo, fosse comprado por um multimilionário que fizesse do clube campeão, víamos os três grandes a reclamar do domínio do dinheiro no futebol e o Paços de Ferreira passava a ser o clube mais odiado do país.
O maior poder dos jogadores não vem de agora e foi sendo construído também pelos adeptos, que sempre apoiaram as birras para sair, que achavam normal que um jogador forçasse a saída para outro clube (que não o seu, claro), vai sendo cada vez maior e isso vai ser um problema. Mas nada tem a ver com o dinheiro, o dinheiro por Mbappe não me choca, nem me surpreende. O que me choca sim são as clausulas de que falam que faz de Mbappe uma ameaça para qualquer treinador do PSG, que faz de Mbappe o verdadeiro presidente do PSG.
É preciso fazer algo contra isso, concordo, mas não com o fair play financeiro nem nada que limite o investimento ao lucro, ou às vendas, porque isso só mantém o pequeno pequeno e o grande grande, algo que os adeptos negam, mas na verdade é o que querem.
O problema do novo paradigma que defendes é de onde provém esse dinheiro, e à custa de quem.
É tudo uma questão de principios e do que se quer perpetuar.
Aquilo que defendes é basicamente defender o que a Rússia fez, ou qualquer outra nação imperialista fez. Tem poder economico, tem armamento, tem adeptos pró russos, tem motivações sociais. Porque não uma invasão? Porque não investir num clube de futebol e acabar com a hegemonia de outros? Redesenhar a história.
O Real construi uma hegemonia pela HISTÓRIA, não foi pelo CAPITAL investido. O Real vai muito, muito, muito mais além dos GALÁTICOS.
O que torna o futebol português fraco não é a falta de investidores. O que o torna fraco é aquilo que vamos ver na época de transferências. Saem 15 atletas entram outros 15, a custo zero, por uma época. É o mercado a funcionar, dizem. Isto só beneficia os grandes e o clubes mais estáveis. Tivessem os grandes outro altruismo/solidariedade e o campeonato seria mais competitivo. A solidariedade dos grandes é efetuada nos jogadores emprestados, nada mais, e mesmo esses são dispensáveis.
Ninguém quer perder privilégios. Sobretudo as grandes equipas.
Não existe dinheiro limpo entre milionários.
Não sou pelo mercado desregulado, mas também penso que o futebol romântico já ficou no século passado. Os clubes já não são dos sócios - onde isso já lá vai, mesmo em Portugal - e investidores são precisos. Essa conversa de pertencerem a estados isto-e-aquilo não me convence pelo simples facto que não podemos atirar pedras para os telhados dos vizinhos. Talvez seja por isso que ninguém nos pega. Continuamos puros e castos à procura de títulos de trazer por casa. Enquanto assim for deixem de sonhar com Champions, Ligas Europa....
Também sou da opinião que expressão clube estado, em relação ao Real, não foi feliz. Mais depressa é o Barcelona que o Real.
De qualquer maneira, o Real é atualmente um clube pouco sedutor, tal como o rival Barcelona.
Na minha opinião deve-se a vários fatores, mas o motivo principal é sobretudo a perda da La Liga dos dois maiores embaixadores, cujo nome não vale a pena lembrar. La Liga pode ser, atualmente, uma liga mais pobre financeiramente, mas mesmo assim é 10x melhor que a liga francesa.
Mbappe escolheu a estabilidade pessoal, e continuar a fazer a diferença numa liga, na minha opinião, mediocre. O segundo melhor coletivo gaulês (seja Lille, Lyon, Marselha ou Monaco), qualquer uma delas acabaria em 6/7 lugar na La Liga.
Por outro lado Mbappe escolheu o elenco PSG com Neymar e Messi, essa escolha é tão válida como quem escolheu os Galáticos para jogar com Ronaldo fenomeno, Zidane ou Figo.
Para mim, Mbappe nem sequer é superior a Henry. Atualmente nem sequer é superior a Benzema, e basta ver o último Euro para ver o quão banal foi Mbappe ao lado de Benzema. Além de ter sido do trio Mbappe-Benzema-Griezman o que menos trabalhava. Portanto Mbappe é outro produto de PROPAGANDA.
Por falar em propaganda, o próprio Mbappe já nos é "comercializado" há muito tempo como o sucessor do trono de Messi e CR, mesmo com os inêxitos internos e externos. Já ninguém se lembra que o Lille foi campeão na época transacta.
Para mim a reação do Real deve-se ao facto de se ter sentido enganado e não porque parou no tempo desde 2000. O Real e o Barcelona sabem bem qual é o problema: Euros.
Sinceramente tenho pena que a La Liga esteja em queda e não seja suficientemente aliciante. O jogador latino (hispânico, lusitano e sul americano) é de longe o que melhor entende o jogo e o torna mais competitivo. Não tenho dúvidas nenhumas sobre isso. La Liga é um gigante adormecido e em potencial muito mais forte que a Premier League. Tivesse La Liga o capital da PL e o futebol estaria num patamar nunca antes visto. E prova disso é que dificilmente veremos equipas como os Galáticos e como a do Barcelona, que simplesmente esmagavam qualquer adversário.
A liga italiana era forte há 20 anos (Milan, Inter, Lazio, Roma, Juventus) porque todos os melhores jogadores sul americanos jogavam em Itália. Atualmente a campeã Milan foi inferior ao FCP o que não deixa de ser um paradigma revelador do patamar da Liga Italiana.
Na verdade, quem continua a ganhar, é o peso do dinheiro.
Um PSG, não pode dar a mesma garantia de vencer, que um Real
a maior ilação a tirar deste episodio a meu ver é que tentar policiar as finanças dos clubes com o Fair Play Financeiro simplesmente não funciona, existem sempre formas de contornar estas restrições
Não deixa de ser engraçado todo este barulho da máquina propagandista de Madrid...quando dos Galácticos era uma força brutal e não havia mal nenhum no mundo.
Acho que foi uma jogada de mestre da "estrutura Mbappé"...deixar andar, falar com o Real para haver mesmo uma proposta efectiva e ter uma casca de banana para o dono do PSG pisar e fazer o que fez.
Financeiramente um golpe de génio, desportivamente acho que Mbappé vai continuar a ser o melhor marcador e campeão de França e acabou...
Como se viu, não é por se juntar Messi, Mbappé, Neymar, Sérgio Ramos entre outros, que se é campeão europeu que acho que é e só pode ser o sonho do dono do clube.
Acredito que com Zidane à frente da equipa as coisas poderão ser diferentes.
P.S - Acho que Sarabia poderá perfeitamente fazer de Di Maria, assim lhe seja dada oportunidade.
No futebol que idealiza não lhe interessa que os clubes sejam substituídos por estados? Que sejam veículos de propaganda de estados ditatoriais ou de estados que violam direitos fundamentais? É esse o futebol que idealiza?
Açambarcar os melhores jogadores se decorrer da grandeza de um clube e da sua capacidade de gerar receitas próprias não me choca. Choca-me é clubes serem detidos por estados que são um poço sem fundo e podem lavar a imagem e o dinheiro através do futebol e incumprem todo o tipo de regras e tornam a competição viciada.
O City é bicampeão inglês tendo já sido apanhado a violar o fair play financeiro e a tentar simular receitas e a ser financiado diretamente por um estado, algo que é proibido.
Acima de tudo, não consigo entender como pode comparar com o Real Madrid e dizer q também é um clube estado. Das grandes equipas da Europa aquela que mais longe está de ser um clube estado é mesmo o Real Madrid. É 100% dos sócios. A comparação n faz sentido.
Os valores que esta operação atinge lançam sobretudo uma questão filosófica sobre o nosso entendimento enquanto sociedade. Aceitamos e até celebramos que uma pessoa possa ganhar estas somas. Por muito dinheiro que a indústria futebol possa gerir, não considero admissível esta enormidade. Como muitas outras já vêm acontecendo. E noutras áreas também.
Centrando a questão apenas na vertente desportiva sempre quero ver como se gere um balneário em que um jogador tem poder executivo na escolha de treinador e colegas. Tem tudo para acabar mal. Tudo o que não seja ganhar a Champions será fracasso. O campeonato deve ficar ganho no fim da primeira volta.
Por outro lado, e não sendo hoje 1 de abril, parece-me no mínimo exagerada a noticia de que ruben amorim está no topo das prioridades do PSG para substituir.
Caro António Tadeia. A ser verdade o que se fala por aí de 300 milhões de prémio de assinatura e de 100 milhões de euros por ano, mais influência na escolha do treinador e de outras decisões do clube, não acha que internamente pode contribuir para uma maior desunião no seio da equipa, com consequências negativas para o rendimento da equipa? Sempre houve jogadores com maior poder dentro de um clube, mas a este nível, não me recordo de nenhum. Abraço.
Não creio que isso seja inteiramente verdade. Aí temos de contar com o poder da máquina propagandística do Real Madrid. Agora em qualquer clube os melhores jogadores são parte ouvida sempre que há mudanças no projeto.
Com todo o respeiro mas chamar o Real Madrid de clube estado não faz qualquer tipo de sentido. O Real Madrid é dos seus sócios. Nem SAD é. O dinheiro e a grandeza que tem advém do seu mérito desportivo e dos adeptos que tem por todo o mundo.
Não tem sequer um investidor árabe ou russo com dinheiro sujo por trás. Não incumpre o fair play financeiro e não gasta mais do que as receitas que gera. A comparação é descabida atendendo a que se há clube que está longe de ser detido pot um estado é o Real Madrid que nem sequer tem um investidor ou uma SAD. É totalmente dos sócios e, nos dias que correm, é uma raridade.
O PSG, tal como o City, são clubes controlados por estados que têm um poço sem fundo de dinheiro e o injetam nos clubes, dando-lhes um crescimento artificial. No dia em q saiam os clubes voltam à sua irrelevancia.
Violam sistematicamente o fair play financeiro e, por isso, competem com batota em relação aos seus competidores.
São veículos de promoção de estados nada democráticos e violadores de direitos fundamentais e não clubes de futebol.
É uma mentira ter clubes de futebol a ter que competir contra estados. No futebol que o AT idealiza, deixamos de ter clubes e passa a ser Qatar contra Arábia Saudita, contra Dubai, contra China, etc.
João, o meu problema não é com o nome ou a nacionalidade dos patrões. Eu quero lá saber se é o Florentino ou o Al-Thani. Desde que não sejam criminosos e as operações corram dentro da lei, claro. O meu problema é com clubes que açambarcam os melhores jogadores todos. Isso, sim, eu gostaria de evitar no futebol que idealizo, como diz.
É no mínimo ingénuo achar que só esse dinheiro é sujo. É igual ao disparate de dizer que existem superpotências boas.
Eu sei é que quem controla o Real Madrid são os seus sócios. A 100%. Não há um estado por trás que faz do clube o que quer e o utiliza como propaganda.
Depois quando acontece a guerra da Ucrânia aí sim começam a preocupar-se em como andaram a permitir que entrasse dinheiro no futebol de qualquer forma seguindo essa lógica que n interessa saber de onde vem.
E o que acha da escolha do jogador, acha que poderá haver um "trade-off" entre poder e glória?
Em Paris ele não só reforça o estatuto como fica, dizem, com o clube nas mãos. Em Madrid não seria mais um, mas o Madrid tem por hábito dar no ego às suas estrelas, fazê-las perceber que o clube é, foi, e será maior que eles. Principalmente se do outro lado estiver um rival à altura - vamos ver o que sai de Barcelona.
Eu tenho para mim que demasiado estatuto não é saudável para o jogador nem para a equipa, e pode ter algum peso no rendimento desportivo.
Concordo consigo, mas creio que muito do que se diz por aí agora está a ser alimentado pela máquina propagandística do Real Madrid.