O treinador do Sporting diz que o segundo apuramento seguido para a Champions lhe dá uma "almofada para pressionar" no sentido de manter as bases do grupo. É uma boa luta, mas não será uma luta fácil.
O conceito de campeonato das transferências é mesmo real, por vezes a lógica é invertida por alguns adeptos que celebram uma venda não como algo negativo mas como uma vitória face aos rivais. É dificil explicar mas dentro da mesma lógica há gente que celebra muito mais um segundo lugar que uma vitória na final da Taça de Portugal quando para mim um troféu é sempre o objectivo máximo de cada equipa.
"As taças é que ficam nos museus e, sobretudo, nas memórias dos adeptos – e ainda não vi ninguém ir para o Marquês de Pombal celebrar uma transferência". Lapidar. Podemos até fingir, mas ninguém fica mais feliz com uma boa transferência do que com um troféu. O campeonato das transferências aproveita, sobretudo, aos clubes que nada ganharam e precisam do toque a reunir. Que na maioria das vezes tem efeito meramente conjuntural. A alegria passageira esfuma-se com o fracasso desportivo. O dinheiro não só ajuda, como é essencial, mas a abundância nunca foi boa conselheira dos clubes portugueses (e aqui fecho o universo aos três grandes, porque nos outros, se calhar à exceção do Braga dos últimos anos, abundância é palavra quase inexistente). Basta ver o recente investimento milionário do Benfica, com zero títulos. Ou os milhões que o Porto desbaratou no pós conquistas europeias, com a venda de metade do plantel a peso de ouro, e cujos resultados foram ficar na penúria e entregar a hegemonia desportiva ao rival da Luz. Ou ainda o dinheiro desembolsado pelo Sporting em alegados craques de qualidade duvidosa que tiveram como reflexo a agonia desportiva ano após ano. Nos últimos tempos, foi em alturas de aperto que os clubes melhor se deram desportivamente. O Porto, com Conceição, recuperou a tal mística e conquistou títulos com planteis, convenhamos, fraquinhos. O Sporting, sendo certo um investimento avultado no treinador, socorreu-se da prata da casa e em jogadores da nossa liga para ser campeão, o que já não acontecia há quase duas décadas. O Benfica parece agora querer inverter caminho para regressar às bases, mas nunca consegue libertar-se completamente do síndrome das contratações sonantes. Nem de rotular de craques de milhões os seus jogadores que fazem meia dúzia de jogos em condições. São as dores de ser o clube com mais adeptos, mas também reflexo de uma cultura que demora tempo a mudar. Tudo somado, voltamos ao princípio, no museu e nas memórias dos adeptos estão as taças e não os cheques das transferências.
Concordo consigo. Resta referir algumas possibilidades politicamente incorrectas, e que passam pela necessidade dos dirigentes assegurarem os seus próprios vencimentos através da saúde financeira do clube (e não estou a falar de todas as outras hipóteses de lucrar ilegitimamente), que é o mais importante para eles (posso perceber, sem concordar). Depois, há toda una série de outras razões de índole mais ou menos perversas!, e aibda o facto do futebol lidar con dinheiro que "não é de ninguém" !, e ninguém respinde criminalmente, limitam se, quanto muito, a serem demitidos, caso contrário não haveria um décimo das compras!
O conceito de campeonato das transferências é mesmo real, por vezes a lógica é invertida por alguns adeptos que celebram uma venda não como algo negativo mas como uma vitória face aos rivais. É dificil explicar mas dentro da mesma lógica há gente que celebra muito mais um segundo lugar que uma vitória na final da Taça de Portugal quando para mim um troféu é sempre o objectivo máximo de cada equipa.
"As taças é que ficam nos museus e, sobretudo, nas memórias dos adeptos – e ainda não vi ninguém ir para o Marquês de Pombal celebrar uma transferência". Lapidar. Podemos até fingir, mas ninguém fica mais feliz com uma boa transferência do que com um troféu. O campeonato das transferências aproveita, sobretudo, aos clubes que nada ganharam e precisam do toque a reunir. Que na maioria das vezes tem efeito meramente conjuntural. A alegria passageira esfuma-se com o fracasso desportivo. O dinheiro não só ajuda, como é essencial, mas a abundância nunca foi boa conselheira dos clubes portugueses (e aqui fecho o universo aos três grandes, porque nos outros, se calhar à exceção do Braga dos últimos anos, abundância é palavra quase inexistente). Basta ver o recente investimento milionário do Benfica, com zero títulos. Ou os milhões que o Porto desbaratou no pós conquistas europeias, com a venda de metade do plantel a peso de ouro, e cujos resultados foram ficar na penúria e entregar a hegemonia desportiva ao rival da Luz. Ou ainda o dinheiro desembolsado pelo Sporting em alegados craques de qualidade duvidosa que tiveram como reflexo a agonia desportiva ano após ano. Nos últimos tempos, foi em alturas de aperto que os clubes melhor se deram desportivamente. O Porto, com Conceição, recuperou a tal mística e conquistou títulos com planteis, convenhamos, fraquinhos. O Sporting, sendo certo um investimento avultado no treinador, socorreu-se da prata da casa e em jogadores da nossa liga para ser campeão, o que já não acontecia há quase duas décadas. O Benfica parece agora querer inverter caminho para regressar às bases, mas nunca consegue libertar-se completamente do síndrome das contratações sonantes. Nem de rotular de craques de milhões os seus jogadores que fazem meia dúzia de jogos em condições. São as dores de ser o clube com mais adeptos, mas também reflexo de uma cultura que demora tempo a mudar. Tudo somado, voltamos ao princípio, no museu e nas memórias dos adeptos estão as taças e não os cheques das transferências.
Concordo consigo. Resta referir algumas possibilidades politicamente incorrectas, e que passam pela necessidade dos dirigentes assegurarem os seus próprios vencimentos através da saúde financeira do clube (e não estou a falar de todas as outras hipóteses de lucrar ilegitimamente), que é o mais importante para eles (posso perceber, sem concordar). Depois, há toda una série de outras razões de índole mais ou menos perversas!, e aibda o facto do futebol lidar con dinheiro que "não é de ninguém" !, e ninguém respinde criminalmente, limitam se, quanto muito, a serem demitidos, caso contrário não haveria um décimo das compras!
Todos os finais de época os clubes portugueses precisam de vender.
Vender por milhões e quem sabe livrar-se de alguns pesos mortos que andam pelos planteis dos três grandes.
Concordo que o valor de mercado do Palhinha não é hoje o mesmo que anteriormente.
Concordo que a ser vendido será em baixa...em ano de mundial, que atipicamente será a meio da época.
Mas será que a venda de Palhinha não abriria mais espaço/minutos para o suplente natural do Ugarte, um menino chamado Essugo?
Se ficarem os 2, quantas vezes vai o Essugo ser utilizado?
É uma discussão interessante para nós amantes de futebol, o pior é quem tem que lidar com as contas dos clubes.
Que excelente leitura! Obrigado Sr. António Tadeia