Tornou-se consensual que um treinador estrangeiro tem de se adaptar a Portugal, mas é um erro. Como se viu com Keizer no Sporting, o que Schmidt tem de fazer é garantir que não precisa de adaptação.
Mais do que adaptação, a um treinador estrangeiro pede-se disrupção, ideias novas que abalem o status quo e trilhem um novo caminho para a vitória. Aliás, os treinadores estrangeiros que marcaram o futebol nacional foram aqueles que trouxeram ideias às quais se mantiveram fiéis e conseguiram, até, fazer evoluir o nosso futebol. Para ir buscar um estrangeiro que tenha de se acomodar ao que já temos mais vale apostar num treinador português que não precise desse alegado tempo de adaptação. Ora, tempo é precisamente o que Schmidt não tem. Precisa de avaliar um plantel com o triplo dos jogadores necessários, perceber quem pode integrar da formação, trabalhar as suas ideias e, no imediato, conseguir o apuramento para a champions. Haverá paciência em caso de percalço, num universo benfiquista que está há tanto tempo sem conquistar um único troféu? Rui Costa terá a força para enfrentar as forças de pressão e manter a sua aposta, mesmo que neste primeiro ano os resultados não surjam?
Espero que não ganhar na primeira época não seja sinónimo de fracasso. Quando os decisores aprenderem a dar tempo aos treinadores em Portugal as coisas irão melhorar. Guardiola e Klopp não foram campeões logo na primeira época em Inglaterra.
Dependerá muito do trajeto também. Mesmo não ganhando, se for perceptível evolução e coerência no caminho, o projeto não deve ser posto em causa. Mas não será fácil, sobretudo se a entrada na champions não for conseguida. Vai ser mais uma época sobre brasas. E até aí o treinador tem de mandar para as urtigas a adaptação, porque isso significaria ceder às pressões do costume. Tem é de contar com uma direção forte para suportar a aposta.
A não entrada na Champions será mau sobretudo a nível financeiro. A nível desportivo não deve ser usada para avaliar o trabalho do treinador em tão pouco tempo.
Claro que não. Mas já sabemos do que a casa gasta. Conceição agora é rei, mas se não ganhasse nada na época em que foi eliminado pelo krasnodar não sei se continuaria... Obviamente que defendo que deve ser dado tempo ao treinador. E não é no resultado imediato que se faz o balanço de um trabalho.
Bom dia. Pequena correção, o Porto depois de Co Adriaanse, ainda teve nas épocas 2014/16 o treinador, de má memória para os portistas, Julen Lopetegui.
Má memória porque conseguiu, com a conivência dos dirigentes do clube, desbaratar toda uma cultura de vitória, uma politica até então bem sucedida de contratar bem na America Latina, valorizar no campeonato português e na Liga dos Campeões, e vender melhor. Foi case study em várias escolas de gestão mundiais e noticias em vários jornais desportivos por esse mundo. Verdade que entretanto o mercado da America latina ficou mais caro, mas a aposta do mercado espanhol de jogadores de 2º plano que não renderam desportivamente nem financeiramente foi o inicio do fim de uma era e o inicio da necessidade do controlo da UEFA por falta de fair play financeiro... que só com a entrada do Sérgio Conceição se conseguiu recuperar algo da cultura.
Ocorreram outros fatores extra politica desportiva do Porto, que os famosos "emails" indiciam, mas acima de tudo o Porto tem de se queixar de si próprio.
Mais do que se adaptar ao modelo de jogo Nacional, terá que se adaptar a lidar com dirigentes muito exigentes e pouco consequentes e nada consistentes. Será que foi o Roger Schmidt que sugeriu a contratação de Musa, quando já tem no plantel 6 jogadores para o lugar?
Mais do que adaptação, a um treinador estrangeiro pede-se disrupção, ideias novas que abalem o status quo e trilhem um novo caminho para a vitória. Aliás, os treinadores estrangeiros que marcaram o futebol nacional foram aqueles que trouxeram ideias às quais se mantiveram fiéis e conseguiram, até, fazer evoluir o nosso futebol. Para ir buscar um estrangeiro que tenha de se acomodar ao que já temos mais vale apostar num treinador português que não precise desse alegado tempo de adaptação. Ora, tempo é precisamente o que Schmidt não tem. Precisa de avaliar um plantel com o triplo dos jogadores necessários, perceber quem pode integrar da formação, trabalhar as suas ideias e, no imediato, conseguir o apuramento para a champions. Haverá paciência em caso de percalço, num universo benfiquista que está há tanto tempo sem conquistar um único troféu? Rui Costa terá a força para enfrentar as forças de pressão e manter a sua aposta, mesmo que neste primeiro ano os resultados não surjam?
Espero que não ganhar na primeira época não seja sinónimo de fracasso. Quando os decisores aprenderem a dar tempo aos treinadores em Portugal as coisas irão melhorar. Guardiola e Klopp não foram campeões logo na primeira época em Inglaterra.
Dependerá muito do trajeto também. Mesmo não ganhando, se for perceptível evolução e coerência no caminho, o projeto não deve ser posto em causa. Mas não será fácil, sobretudo se a entrada na champions não for conseguida. Vai ser mais uma época sobre brasas. E até aí o treinador tem de mandar para as urtigas a adaptação, porque isso significaria ceder às pressões do costume. Tem é de contar com uma direção forte para suportar a aposta.
A não entrada na Champions será mau sobretudo a nível financeiro. A nível desportivo não deve ser usada para avaliar o trabalho do treinador em tão pouco tempo.
Claro que não. Mas já sabemos do que a casa gasta. Conceição agora é rei, mas se não ganhasse nada na época em que foi eliminado pelo krasnodar não sei se continuaria... Obviamente que defendo que deve ser dado tempo ao treinador. E não é no resultado imediato que se faz o balanço de um trabalho.
Bom dia. Pequena correção, o Porto depois de Co Adriaanse, ainda teve nas épocas 2014/16 o treinador, de má memória para os portistas, Julen Lopetegui.
Verdade. Como é que foi esquecer-me disso?! Acho que é excesso de trabalho. Vou corrigir. Obrigado!
Má memória porque conseguiu, com a conivência dos dirigentes do clube, desbaratar toda uma cultura de vitória, uma politica até então bem sucedida de contratar bem na America Latina, valorizar no campeonato português e na Liga dos Campeões, e vender melhor. Foi case study em várias escolas de gestão mundiais e noticias em vários jornais desportivos por esse mundo. Verdade que entretanto o mercado da America latina ficou mais caro, mas a aposta do mercado espanhol de jogadores de 2º plano que não renderam desportivamente nem financeiramente foi o inicio do fim de uma era e o inicio da necessidade do controlo da UEFA por falta de fair play financeiro... que só com a entrada do Sérgio Conceição se conseguiu recuperar algo da cultura.
Ocorreram outros fatores extra politica desportiva do Porto, que os famosos "emails" indiciam, mas acima de tudo o Porto tem de se queixar de si próprio.
Tadeia andas cansado... A do Lopetegui é imperdoável :)
Mais do que se adaptar ao modelo de jogo Nacional, terá que se adaptar a lidar com dirigentes muito exigentes e pouco consequentes e nada consistentes. Será que foi o Roger Schmidt que sugeriu a contratação de Musa, quando já tem no plantel 6 jogadores para o lugar?
José Maria Pedroto...
Isto hoje está embruxado. Obrigado!
Treinador que vem à procura do que lhe falta na carreira "títulos".
Tem qualidade e como já disse Mourinho
-Basta um treinador ser inteligente, para ser campeão em Portugal
Acredito que poderá estar aqui uma boa fórmula para vencer em Portugal