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Eu separo a politica do desporto, como separo a obra do artista, e ainda hoje consigo "Cat Scratch Fever" de Ted Nugent, mesmo que politicamente não possamos ser mais diferentes, como a minha banda favorita ainda é Pantera mesmo com a polémica do "white power".

Agora convinha existir coerência. Esta FIFA é a mesma que castigou a Jugoslávia primeiro e a Rússia depois, mas que fechou os olhos quando os mesmos factos foram praticados por Estados Unidos da América e Israel, ou que permitiu que Portugal joga-se o Mundial de 1966 no meio da guerra colonial. Parece que os castigos, os boicotes e a organização de competições depende de uma coisa: corrupção. Por isso que se investigue a corrupção e se tenha a coragem de castigar a FIFA, o COI e os seus dirigentes, se for o caso.

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Pois olhe que eu não separo. E para mim é tão mau a FIFA dar um Mundial ao Catar, o PSG aceitar o dinheiro do Catar ou o governo francês convencer Platini a votar pelo Catar, levando com ele outros europeus, porque o Catar vai injetar dinheiro no Eliseu. Está tudo misturado não só nas consequências como na legitimação: a FIFA escuda-se no relatório de uma conceituada firma de advogados londrina para não recuar na entrega de um Mundial à Arábia Saudita. Há corrupção? De quem? Da FIFA? Da firma de advogados? Ou da sociedade em geral?

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Mas se a FIFA for coerente tem de separar ou decidir de vez não separar, o problema é que não é coerente. Porque a FIFA e as suas associadas castigam qualquer jogador ou dirigente que se manifeste politicamente, mas elas próprias se manifestam politicamente e castigam também quem não o faça de acordo com essa ideia. Porque a FIFA e as suas associadas fazem boicotes a federações de países que se envolvem em guerras embora jogadores e dirigentes não tenham culpa nenhuma. Mas a FIFA e as suas associadas também fecham os olhos quando lhes interessa a federações de países que fazem o mesmo.

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