A grande diferença entre o Sporting e o Manchester City é de qualidade. E não se resolve de ponteiro na mão, mudando o sistema na preleção antes do jogo. Foi isso que nos explicou o jogo de ontem.
A diferença na qualidade dos executantes é grande e é justificada com o maior (muito maior) poder financeiro do City, no entanto, esta diferença pode ser combatida em campo com intensidade e concentração competitiva que não é possível ter quando os jogos grandes em Portugal têm 40min de tempo útil, mais de 30 faltas, simulações e ronhas constantes, cercos ao árbitro e protestos por tudo e mais um par de botas. Enquanto isto não mudar não há mais receita para ninguém e mesmo a centralização dos direitos de TV pouco ajuda a resolver. Ontem o árbitro deixou jogar, os jogadores não andaram a fazer simulações nem a protestar, o jogo foi corrido com poucas paragens e mesmo com o City a não forçar muito o SCP nunca conseguiu acompanhar o ritmo.
Estranho que ainda há poucas décadas os clubes portugueses eram capazes de bater o pé à estes grandes e normalmente vencê-los e agora levam a adas atrás de a adas!
Poderá ser por aqui nesta linha, que poderá estar a chave para a solução portuguesa e não começar-mos a ser os bumbos da Europa.
O fosso é demasiado grande. A nossa classe alta é baixa para a Europa. A nossa classe média não entra sequer na liga conferência e o Braga vê-se à nora para passar um grupo fracote na Liga Europa. Sou um pessimista e acho que a nossa liga está nivelada por baixo. Quando ao Sporting, apesar de tudo, creio que não se deve normalizar as goleadas sempre que se encontra uma equipa de maior nomeada. São as dores de crescimento, mas também não se cresce só com pancada.
Muito bom. Parabéns pela análise!
Há muito pouca gente a perceber o jogo e o contexto desportivo-económico do chamado "futebol moderno" e o António domina os dois.
A diferença na qualidade dos executantes é grande e é justificada com o maior (muito maior) poder financeiro do City, no entanto, esta diferença pode ser combatida em campo com intensidade e concentração competitiva que não é possível ter quando os jogos grandes em Portugal têm 40min de tempo útil, mais de 30 faltas, simulações e ronhas constantes, cercos ao árbitro e protestos por tudo e mais um par de botas. Enquanto isto não mudar não há mais receita para ninguém e mesmo a centralização dos direitos de TV pouco ajuda a resolver. Ontem o árbitro deixou jogar, os jogadores não andaram a fazer simulações nem a protestar, o jogo foi corrido com poucas paragens e mesmo com o City a não forçar muito o SCP nunca conseguiu acompanhar o ritmo.
Estranho que ainda há poucas décadas os clubes portugueses eram capazes de bater o pé à estes grandes e normalmente vencê-los e agora levam a adas atrás de a adas!
Poderá ser por aqui nesta linha, que poderá estar a chave para a solução portuguesa e não começar-mos a ser os bumbos da Europa.
O fosso é demasiado grande. A nossa classe alta é baixa para a Europa. A nossa classe média não entra sequer na liga conferência e o Braga vê-se à nora para passar um grupo fracote na Liga Europa. Sou um pessimista e acho que a nossa liga está nivelada por baixo. Quando ao Sporting, apesar de tudo, creio que não se deve normalizar as goleadas sempre que se encontra uma equipa de maior nomeada. São as dores de crescimento, mas também não se cresce só com pancada.