É importante pagar pelo jornalismo
Os consumidores queixam-se de que o jornalismo está mais virado para o espetáculo, que é parcial e superficial. Muitas vezes têm razão. Falta fazerem a outra parte, que é contribuirem para mudar isso.
Migrei, em Outubro, o meu jornalismo para o Substack, uma plataforma de newsletters norte-americana. Face ao site pessoal que, com intermitências, mantinha desde 2015, meses depois de ter sido posto a andar dos meios convencionais, a mudança permite-me duas coisas: um maior controlo da audiência, à qual posso aceder sem depender dos algoritmos das redes sociais, e a criação da figura do subscritor pagador, que acede a conteúdos específicos e me ajuda a manter a minha atividade viva. Estou convencido de que a viagem ainda vai ser longa até tornar a experiência rentável, mas em tudo é preciso dar o primeiro passo e a caminhada até tem sido agradável, com a criação de uma comunidade que começa a dar mostras de ser especial. Uma comunidade da qual, se está a receber este texto por Mail, você já faz parte.
Um dos grandes problemas do jornalismo em mercados periféricos e de dimensão média ou pequena, como o português, é que nunca soube criar apetência de consumo a ponto de justificar que os interessados paguem por ele, acabando dessa forma por ceder aos interesses da turbamulta, que quer sobretudo ser entretida ou validada e não informada. O que também é legítimo, mas é outra coisa. Quem sou eu para definir as vossas prioridades? Quem sou eu para decidir se vocês devem querer ser informados com notícias e reportagens ou apenas entretidos com novelas, reality shows ou videos fofinhos? Quem sou eu para deliberar se vocês devem ser confrontados com análises independentes ou apenas com as que vos chegam da vossa bolha de interesses, políticos, sociais ou desportivos, e que por isso validam a vossa própria opinião? Não sou ninguém nesse Mundo, como é evidente. Cada um faz as suas opções e é livre de as fazer.
O problema só me atinge quando as pessoas preferem apenas ser entretidas ou validadas mas depois se queixam do jornalismo que lhes chega. Porque nessa altura tendem a esquecer, em regra, as condições em que ele é feito, a desconhecer que os valores recebidos pelos meios de comunicação em publicidade por unidade de visualização ou clique diminuem drasticamente todos os anos e que, por isso, só há duas formas de manter a atividade: ou embaratecer drasticamente os meios de produção, contratando cada vez menos jornalistas e jornalistas cada vez mais baratos, ou fazer o consumidor pagar pelo resultado final do trabalho daqueles que se mantêm. Em Portugal, o efeito duradouro dos erros cometidos um pouco por todo o Mundo na explosão da World Wide Web encaminhou-nos a todos para a primeira opção. Muitas pessoas que têm hoje menos de 45 anos nunca pagaram por jornalismo e a esmagadora maioria dos membros desse grupo etário não está preparada para o fazer. Dos jornais, que eu conheci com redações de 100 jornalistas, nos anos 90, e onde só passei nove meses nos últimos dez anos, aquilo que me chega hoje são relatos de que são feitos por umas três ou quatro dezenas, muitos deles inexperientes, precários e forçados a trabalhar por valores próximos do salário mínimo ou a recibo verde.
Quando nos deixámos iludir com a maravilha que era a possibilidade de reduzir os custos de impressão, papel e distribuição, fazendo chegar o trabalho aos consumidores em formato digital, deixando-o disponível gratuitamente para quem o quisesse ler e ainda recebendo publicidade por clique, podíamos até saber que isso iria desvirtuar os hábitos de consumo de toda uma geração e que ela se tornaria irrecuperável para a ideia de pagar pelos conteúdos, que dão trabalho (e portanto custam dinheiro) a produzir. Mas uma coisa ninguém nos disse na altura, nem nós tivemos a capacidade de a antecipar: que sendo a oferta de espaços publicitários virtualmente inesgotável, o preço da publicidade iria cair de forma tão drástica que em breve nenhuma operação minimamente séria seria viável do ponto de vista económico num mercado como o português. Posso garantir-vos que em seis anos de digital o meu jornalismo nunca rendeu em publicidade sequer o suficiente para pagar o custo mensal da Internet e da distribuidora de cabo da televisão. De um ponto de vista estritamente económico, ser-me-ia mais rentável ficar deitado no sofá a ver televisão do que trabalhar.
Porque aqui há que entrar em linha de conta com outro fator: a escala e o efeito que as redes sociais trouxeram ao mercado. Entrei na direção do Record em Novembro de 2013, saí em Setembro de 2014 e criei o meu site pessoal em Agosto de 2015. Desde aí, ainda me aventurei com dois amigos, o Luís e o Zé, acionistas da Clever Advertising, na criação e fundação do Bancada, um site mais ambicioso, porque contratámos oito jornalistas em início de carreira e vários comentadores prestigiados. Tínhamos o Carlos Daniel, o Manuel Fernandes Silva, o Luís Catarino, o Santiago Segurola, o Pippo Russo, o Régis Dupont... Tudo gente que me orgulho de ter tido a trabalhar comigo, gente honesta e capaz de optar por um jornalismo incapaz de sacrificar a qualidade ao fogo de artifício.
Os jornalistas que contratei podiam ser inexperientes, mas tinham vontade de trabalhar e de aprender e pude formá-los de acordo com princípios que eram os meus, de isenção, colocando o respeito pelo leitor acima de todos os compromissos que pudessem estabelecer com fontes, sobretudo as que pretendem manter o anonimato mas fazer passar o seu “spin” de qualquer modo. A esse respeito há uma história que ficou famosa entre nós, de um diretor de comunicação de um clube que tentou “traficar” informação, se esqueceu de dizer o tradicional “mas não diga que fui eu que lhe disse” (e se o dissesse a notícia não seria publicada a não ser que a conseguíssemos confirmar) e depois ficou muito abespinhado porque o citámos. “Está aqui a criar-me um problema”, disse ele depois ao jornalista que assinou a peça - que curiosamente, hoje, trabalha na comunicação de um clube, porque o jornalismo dificilmente dá subsistência a alguém.
Estive no Bancada durante pouco mais de um ano e, por depender muito da estratégia que adotássemos nas redes sociais – e esta foi sempre frouxa –, o site nunca arrancou verdadeiramente. O nosso maior inimigo era o algoritmo. Uma vez, quando Marega começou a destacar-se no FC Porto, fizemos uma reportagem muito interessante e bem conseguida acerca das origens do maliano, num bairro segregado dos arredores de Paris, explicando, por exemplo, o gesto com que ele festejava os golos – um dedo esticado numa mão e quatro na outra. As componentes social e racial, por si só, já chegariam para os algoritmos do Facebook travarem o alcance da reportagem, porque os algoritmos cortam a direito e não distinguem mensagens racistas de mensagens sobre racismo. São robots, é normal. Mas depois fizemos outra experiência, que foi pegar no mesmo texto, fazer copy e paste e publicá-lo numa página de Facebook para adeptos do FC Porto que era controlada pela Clever. E ali o texto teve doze vezes mais alcance, gerando lucro mas não para quem investiu horas de trabalho na sua produção. É assim que está a relação custo-benefício dos criadores de conteúdo por estes dias: há quem crie e há quem lucre, mas na maior parte das vezes não são as mesmas pessoas.
O que é que isto nos diz? Que as pessoas querem sobretudo ser entretidas e validadas. Que entre as muitas coisas boas que nos trouxeram, as redes sociais também nos provocam problemas graves, como o facto de nos transportarem a todos para uma bolha própria, onde só somos expostos àquilo com que concordamos e de que somos mais propensos a gostar, perdendo-se no processo o conhecimento geral e a capacidade para lidar com o contraditório. Tantas vezes me aparece gente nas redes sociais a queixar-se que só falo do clube delas, ignorando que também falo dos clubes dos outros, mas que isso o algoritmo não lhes mostra. Tantas vezes me aparece gente que só por discordar da minha visão das coisas logo dispara que sou parcial – ou, pior, que estou a soldo destes ou daqueles, que sou avençado daqui ou dali –, simplesmente porque há muito deixaram de ser expostos a visões diferentes da realidade e já não sabem viver com vozes dissonantes, que por definição não existem na bolha em que o Facebook lhes transformou o Mundo.
Hoje em dia, muitas queixas acerca do jornalismo que se faz têm razão de ser. Já algumas vezes contei que, em 2002, quando começou a crise de vendas em banca nos jornais portugueses, estava eu no Record, todos os quadros superiores do Grupo Cofina tiveram a possibilidade de fazer formações em várias matérias. Foi por essa altura que começaram a aparecer em Portugal os consultores espanhóis para nos “ensinar” quais eram os segredos do sucesso. Dessas formações recordo algumas “lições”. Uma é que havia que dar sobretudo boas notícias, glorificar clubes e atletas para manter felizes aqueles que os idolatram – lá está, a criação do apelo de consumo. Mas isso era mais fácil em Espanha, que tinha grandes campeões no ténis, no MotoGP, no basquetebol, na Fórmula 1, no golfe… Em Portugal não havia nada disso e daí nasceram muitos estudos “estatísticos” absolutamente irrelevantes, que ganhavam espaço de primeira página porque eram destinados sobretudo a subir a autoestima dos adeptos. O problema é que esses mesmos estudos irritavam os adeptos dos outros clubes, que esqueciam os dias em que lhes massajavam o ego a eles e só lembravam que naquele dia em específico quem estava a ser elogiado era o rival.
Outra “lição” era que havia que ser “fanático”. “Mais fanático do que os fanáticos”, como dizia esse consultor espanhol, antigo diretor de um jornal desportivo de Madrid. Era um caminho de certa forma até visionário, face ao que as redes sociais nos trariam uma década mais tarde. Mas não era o meu caminho. Ainda fiz a Record Dez, em 2004, mas saí dos jornais desportivos em 2005, para me tornar free-lancer pela primeira vez. Tentei voltar, em 2009, em “O Jogo”, em cuja direção ainda estive quase três anos, ou em 2013/14, no “Record”, onde já só me aturaram por nove meses. Não estava destinado…
Os consumidores queixam-se hoje da informação ser parcial, de refletir sobretudo pontos de vista diferentes dos deles e têm razão. Ainda assim, a esses eu contraponho sempre a “teoria do triângulo”, que criei quando comecei a refletir mais sistematicamente sobre o tema. Imaginem um triângulo isósceles e ponham em cada vértice o emblema de um dos três grandes clubes do nosso futebol. Eu coloco-me no meio da área desse mesmo triângulo, mas para quem vê futebol sobretudo com paixão estarei demasiado longe do seu próprio vértice e muito perto dos vértices onde estão os outros clubes. Só que, como as redes sociais – e os canais de TV dos clubes, e a comunicação propagandística que os clubes fazem, à qual se colam os comentadores-adeptos que povoam os programas televisivos acerca de futebol – normalizaram esta visão parcial da realidade e vulgarizaram as opiniões vindas da mesma bolha, ou daquele vértice a que o consumidor pertence, tudo o que esteja um pouco mais longe é rotulado de parcial e repudiado com vigor e insulto.
Os consumidores queixam-se da informação-espetáculo e têm razão. O “infotainement” tomou conta do jornalismo, com especial destaque para o desportivo, onde ainda por cima as fronteiras entre imparcialidade e paixão correm sempre especial risco de ser ultrapassadas. Mas o “infotainement” é o esforço dos meios de comunicação social para irem em busca dos consumidores, para conseguirem pagar as operações em que se metem. Porque apesar de quase todos acharmos que é uma estupidez inqualificável ter motards em perseguição a autocarros das equipas em emissões televisivas, ter diretos infindáveis sem nada para dizer à porta dos estádios ou de casa dos protagonistas ou reproduzir detalhes privados das escutas telefónicas, partes que nada têm que ver com os processos mas que têm graça, é isso que a maioria dos consumidores quer da informação que lhes chega. A maioria não quer ser informada, quer ser entretida. E se o mercado é pequeno, como é o nosso, mesmo essa maioria será sempre pequena para viabilizar economicamente operações jornalísticas que levam o seu produto de forma gratuita aos consumidores, conduzindo a que sejam ultrapassados sempre mais e mais limites.
No último Mundial, em 2018, nas salas de imprensa, a generalidade dos canais de TV latino-americanos já tinham “entertainers” de camisola da seleção vestida em vez de jornalistas. Se Portugal lá for, ao Qatar, em 2022, poderei sempre ceder a vaga ao José Carlos Malato, ao João Baião ou ao Fernando Mendes. Que farão certamente bons trabalhos, mas trabalhos diferentes dos que são feitos por jornalistas. E não há mal nenhum se prefere ter lá alguém com talento comunicativo e empatia pelas cores da seleção em vez de um jornalista com capacidade de distanciamento e frieza na análise. É uma escolha. Não lhe fica bem é, depois, reclamar que o jornalismo é isto ou aquilo, pela simples razão de que não é jornalismo que quer.
Os consumidores queixam-se da informação ser demasiado superficial, de não haver aquilo a que chamam “jornalismo de investigação” e também têm razão. Mas não há investigação porque não há receita para a pagar. Sempre que preciso de reconciliar-me com o jornalismo vou ver filmes ou séries americanas sobre a temática, histórias de investigações feitas por jornais que, por se destinarem a um público muito vasto, podem dar-se ao luxo de manter uma equipa de jornalistas a investigar um tema durante meses. Aquilo é apaixonante, foi naquilo que me inscrevi. Só que no mercado português não é possível: somos incomensuravelmente menos, tornando impossível a rentabilização através da escala, e não estamos dispostos a pagar para ver ou para ler. Sou jornalista há mais de 30 anos e, a não ser quando estava no Expresso, entre 1989 e 1994, nunca tive mais de um par de dias para trabalhar um assunto. Porque não há racional financeiro a justificar esse investimento.
Enquanto consumidores, pagamos por um café, mas não queremos pagar por uma reportagem. E ainda nos damos ao luxo de reclamar. Não do café, que até pode vir demasiado cheio ou demasiado curto, demasiado escaldado ou até frio, mas da reportagem, porque não é suficientemente profunda ou, estranhamente, às vezes até por ser demasiado profunda quando se trata das nossas cores e achamos que ali o repórter só quis foi desestabilizar. Porque a muitos essa investigação só lhes cai bem quando é com os clubes dos outros – se for com o vértice do triângulo onde se encontram já é uma encomenda da cartilha do clube rival.
A minha mudança para o Substack nasceu da consciencialização de todos estes fatores. Faço do Futebol de Verdade, no meu canal de Youtube, um espaço descontraído, um misto de reflexão e interatividade com os meus seguidores, mas não quero nem sei ceder ao jornalismo espetáculo que agrega as maiorias. Podem até perguntar-me: então não há gente a viver da receita do YouTube? Há, com certeza. Até jornalistas, em mercados muito maiores do que o nosso: ainda há semanas estive no Canal do Nicola, programa de YouTube sobre futebol para o mercado brasileiro que tem mais de um milhão de seguidores. Eu estou quase nos dois mil e já vejo isso como uma pequena vitória... Mas não me iludo: suspendi as entrevistas em video para o F80 porque os cerca de 10 cêntimos que cada uma me rendia não justificam as horas gastas a combinar, marcar, gravar, fazer e editar, nem o incómodo que tudo isso dá aos entrevistados, para quem é muito mais fácil responder ao telefone. Até porque muitos são mais velhos e já precisam da ajuda de um filho, de um cunhado, de um neto, para gravar as entrevistas para o computador.
Acredito que não sou estúpido de todo e que não serei assim tão incompetente na minha profissão. Tenho alguns prémios de jornalismo na estante para o recordar a mim mesmo, em alturas de maior dúvida. Produzo o jornalismo que sei fazer, que gosto de fazer e sei simultaneamente que ele nunca será financeiramente viável através da publicidade nem será suficientemente disseminado pelos algoritmos das redes sociais, que favorecem outro tipo de conteúdos, mais engajados ou mais propensos à polémica. Vejo isso quando partilho textos meus e aparece alguém a insultar: custa-me a ler ou a ouvir, mas imediatamente penso que é graças a esses insultos e aos que a seguir aparecem a condená-los ou a subscrevê-los que os textos são mostrados a mais e mais gente.
Como escrevi acima, sei que a viagem vai ser longa, que com uma taxa de conversão próxima dos três por cento que tenho (e que de acordo com o Substack é normal) só daqui a muito tempo – se calhar já não na minha geração – é que um projeto como este pode ser viável. Mas faço a minha parte. Espero que vocês, consumidores potenciais de jornalismo, compreendam que para isto melhorar também têm de fazer a vossa. Que têm de subscrever jornalismo e pagar por ele. Não necessariamente o meu. Escolham o jornalismo de que gostam, mas predisponham-se a pagar por ele. Porque enquanto não o fizerem, o jornalismo só vai piorar. E vocês terão ainda mais razões de queixa.
Sou "cliente" assíduo do futebol de verdade, o qual ouço quase sempre em podcast por ser a uma hora difícil de ter disponibilidade para o directo.
Gosto das análises, gosto das opiniões, com as quais concordo umas vezes e outras discordo, mas acima de tudo gosto da imparcialidade com que nos presenteia sempre e com o não se ficar pela rama, mas tentar sempre identificar as raízes das questões.
Se tiver que dizer algo que gosto menos, será talvez a acrimónia por vezes gerada nos recados a certos ouvintes, com os quais levamos todos, mas é um estilo e uma forma de ser que respeito.
Em relação aos artigos, não tenho muito tempo livre para ler todos, razão pela qual não subscrevi o pacote premium, embora o tenha oferecido de prenda de Natal a um Amigo, mas não pude de deixar de ler este integralmente, pois sempre gostei das lições de jornalismo que aqui e ali são "oferecidas" no futebol de verdade.
Sobre o tema, em miúdo e jovem adulto comprei muitos jornais, especialmente o record pelo meu Sportinguismo, mas também comprei muitos jornais espanhóis por ser de Elvas e sei perceber a diferenças entre o jornalismo.
Hoje com 46 anos confesso que não devo ter gasto mais de 10€ nos últimos 5 anos em jornais desportivos e reflectindo na razão para tal, encontro acima de tudo aquilo que considero um vergar do jornalismo aos interesses, não dos seus leitores como em Espanha, mas sim a outro tipo de interesses que nada beneficiam o futebol.
Desejo que o projecto tenha sucesso, sendo que continuarei a ajudar no possível.
Caro António Tadeia
Ler o ser artigo fez-me recordar o porquê de ter encontrado o seu programa (futebol de verdade) e outros como o visão de jogo (TSF).
Porque estou farto de ver lixo na tv, cartilhas, penaltis inventados, insultos a clube A B e C, vermelhos a torto e direito, os árbitros são deste clube ou daquele e por isso prejudicam o clube A ou B, uma propaganda enorme que só trouxe ódio ao futebol e as pessoas com esses programas de entretenimento.
Já ouço os seus programas (em podcast) há mais de 6 meses e a coisa que mais gostei, foi explicar o jogo tacticamente e não passar o programa a falar de arbitragem como de resto vemos nesses programas de propaganda.
Se esses programas têm audiências a culpa é do consumidor. Se os jornais só dão destaque ao que o Mourinho disse do JJ é porque ao consumidor interessa saber as fofocas/entretenimento e não o real problema da situação.
Eu posso apoiar o meu clube e quero que vença sempre, mas gosto de ter a minha OPINIÃO e ver se jogaram bem ou mal, se foram prejudicados ou benificiados, e não vejo os programas de comunicação propagandistas do meu clube porque sei que nem sempre são sérios e são incentivos ao ódio.
Nem sempre sou da mesma OPINIÃO do António, mas respeito. Mas uma coisa tenho a certeza, o António Tadeia faz sempre uma análise isenta de todos os clubes da nossa liga e se o António é adepto de um clube, ainda não consegui descobrir pelo isento que é.
Hoje tornei-me seu subscritor, paguei pelo seu serviço porque acredito que pessoas como o António pode mudar mentalidades e se queremos jornalismo sério e com qualidade temos de apoiar.
Obrigado António