António Tadeia

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Bis do Belenenses sem estrelas
F80

Bis do Belenenses sem estrelas

Lisboa continuou a falar mais alto na definição do campeão de Portugal em 1929. Desta vez, a prova sorriu ao Belenenses, que a jogou sem César e quase sempre sem Pepe, mas chegou à dobradinha.

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António Tadeia
jan 02, 2022
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Bis do Belenenses sem estrelas
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Equipa campeã de 1928/29 pelo Belenenses. Da esquerda para a direita: Júlio Morais, Alfredo Ramos, João Belo, José Luís, Rodolfo Faroleiro, Joaquim Almeida, Silva Marques, Pepe, Augusto Silva, Carlos Rodrigues e João Tomás

O Belenenses conquistou em 1929 o seu segundo Campeonato de Portugal, algo que só o FC Porto tinha feito antes. E ganhou a prova sem algumas das suas estrelas. O internacional César Matos, “o médio que voa”, partiu uma perna na segunda metade do Campeonato de Lisboa e ficou longe dos pelados por cerca de um ano. Pepe magoou-se na estreia no Campeonato de Portugal e depois só voltou a aparecer no duríssimo jogo de repetição das meias-finais, contra o Vitória FC. Um Augusto Silva imperial, a mandar na equipa dentro do campo e a fazer lembrar o jogador que brilhara nos Jogos Olímpicos do ano anterior, valeu à equipa treinada por Artur José Pereira para se impor cada vez mais como força principal do futebol português, ou não tivesse somado a este Campeonato de Portugal uma indiscutível vitória no Campeonato de Lisboa. Foi, portanto, ano de dobradinha em Belém.

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António Tadeia
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December 26, 2021
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Augusto Silva foi um dos três jogadores do Belenenses a jogar pela seleção nacional nesta temporada, fazendo dos azuis o clube mais representado no onze que, no entanto, não foi capaz de confirmar as boas indicações que deixara nos Jogos Olímpicos de 1928, perdendo os jogos com a Espanha e a França sem marcar sequer um golo. Começava a desenhar-se o cenário de crise no futebol nacional que em 1934 levou à constituição do campeonato da Liga – mas a esse tema voltarei em ocasiões futuras. Além do médio, o Belenenses levou ao onze nacional os atacantes Pepe e Alfredo Ramos, um extremo que foi o melhor marcador da equipa no Campeonato de Portugal, com quatro golos. Na final, contra o União de Lisboa, contudo, não marcou, tendo cabido a José Luís, extremo do outro lado, a obtenção dos dois tentos com que os azuis bateram a valorosa oposição do União de Lisboa, equipa de Santo Amaro que voltava a assegurar a representação de Alcântara na final. Ao contrário do que sucedera na época anterior, quando o Carcavelinhos bateu o Sporting, no entanto, o União não foi capaz de surpreender os favoritos e perdeu por 2-1. O jogo foi apitado por Carlos Canuto, treinador, capitão e avançado-centro do campeão de 1928.

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