10 Comentários

Completamente de acordo consigo, exemplo é que eu desde sexta-feira já vi por aí nas redes sociais a criticar e comparar o comportamento do Rui Costa porque deu um abraço ao Pinto da Costa no Dragão em vez de fazer como o Varandas e deitar gasolina pra fogueira. Ou seja, em vez de enaltecer a boa relação com o presidente do F.C.Porto os adeptos no "geral"(ainda bem que ainda há adeptos que não pensam assim) devem ter gostado do que viram porque é isso que eles pedem todos os dias com excelentes audiências naqueles programas incêndiarios em que se fala de tudo menos de futebol. E como diz e bem o António, normalizam o ódio e andam todos a assobiar para o lado, FPF, governo e a liga.

Depois e conhecendo o nosso país, teremos sanções se calhar para o ano que vem quando toda a gente já esqueceu o que se passou e está tudo bem. Futebol Português no seu melhor. É urgente mudar !!

Cumprimentos

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Sigo o António Tadeia a muito tempo. Concordo até, em larga medida, com vários artigos de opinião. Mas não me conformo com o deslavar das culpas duma entidade que é grandemente responsável pelo que se passa no futebol nacional.

Diz o António Tadeia, e bem, relativamente aos adeptos "A única saída passa por vocês, pela base dos exércitos. Passa por vocês tomarem consciência de que estão a ser usados e recusarem o vosso papel. Passa por vocês reagirem da única forma saudável e isto tudo".

Mas os adeptos não vão magicamente resolver o problema. Os adeptos reagem basicamente a duas origens.

A arbitragem, que já referi no passado estar condicionada, e face a esse condicionamento, não conseguir desempenhar da melhor forma o seu trabalho. O derby de Porto e Sporting no dragão é a face visivel desse condicionamento.

Formas de minimizar este problema também já sugeri. Árbitros estrangeiros para jogos onde estejam clubes em lugares de acesso a competições europeias ou lugares de descida. Mas a arbitragem é uma classe protegida (e bem), e a volta da qual se ganha muito dinheiro, razão pela qual será dificil implementar tal medida.

Por último, os adeptos reagem as comunicações dos clubes mas António Tadeia esquece-se facilmente de quem é o principal impulsionador e amplificador dessas comunicações. A comunicação social quer e muitas vezes fomenta este clima de guerrilha para beneficiar as audiências, cliques, vendas de jornais e publicidade. E enquanto a comunicação social for conivente, dificilmente os adeptos vão tomar consciência que estão a ser usados. Porque, se a comunicação dos clubes fornece as balas para a batalha, então a comunição social fornece as armas com que estas são disparadas, e não reconhecer este facto é protelar um problema sem fim a vista.

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Concordo que a arbitragem está atualmente com um nível muio fraco. Mas apostar na formação será melhor do que importar árbitros, creio eu.

Quanto ao segundo ponto, enferma de um equívoco. O futebol é uma indústria, não é papel do jornalismo (em sentido mais restrito de comunicação social) salvar a indústria, estar ou deixar de estar conivente com as arruaças dos clubes. Coisa diferente é escolher o jornalismo que se quer ler, ver e ouvir. Informação tablóide e/ou mais sensacionalista há de haver sempre. Mas há alternativas, embora sejam cada vez menos. Cabe-nos, enquanto público, escolher o que queremos. Não podemos é brandir espadas contra a arruaça e depois passar o tempo a ler, ver e ouvir o jornalismo que a promove - ou seja, financiando-o - e deixando morrer o jornalismo que vai além dessa espuma. Abraço

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Olá Hugo. Concordo que genéricamente a arbitragem está atualmente com um nível muito fraco. Não obstante, temos árbitros que são considerados em Portugal e internacionalmente, como reputados e com grande nível. Mas se esses árbitros falham escandalosamente em Portugal, ao contrário das exibições que fazem lá fora, parece-me que o maior problema não é o nível dos árbitros mas a forma como estes estão condicionados. E acima de tudo, não me parece existir alternativa, principalmente de forma mais imediata, que não recorrer a árbitros estrangeiros.

Sobre a comunicação social. Concordo em absoluto que o futebol é uma indústria e que não é papel do jornalismo salvar a industria. Mas os jornalistas regem-se por um código de conduta que hoje em dia, não serve para nada e são poucos os jornalistas que o seguem ou porventura até mesmo o conhecem.

Note-se que não acho que a comunicação social esteja mal apenas no futebol. Isto é um problema muito mais vasto, e que o António Tadeia já abordou num artigo há uns tempos atrás. A minha indignação vai no sentido de ser um problema camufulado, que poucas pessoas, acima de tudo ligadas ao jornalismo, querem resolver.

Nós, enquanto consumidores, devemo-nos unir em torno do bom jornalismo mas os próprios jornalistas, que não acredito que se revejam no jornalismo que é efetuado hoje, também têm de lutar e acima de tudo, dar visibilidade ao que de mal se faz no jornalismo em Portugal.

Abraço

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O objetivo do jogo é ganhar. Quando não se consegue de forma limpa, tenta-se com a batota. É a via mais fácil. Em vez de tentar entrar na área para marcar, é preferível mergulhar e ganhar penalty e talvez com bónus de poder reduzir o número dos adversário com uma expulsão.

O árbitro errou, mas os jogadores erraram mais, porque se esforçaram para enganar o árbitro e sacanear o sacanear o adversário.

Foi pena porque que o jogo até tinha começado bem.

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#EunãosoudesteMundo

Subscrevo e concordo a 100%.

A culpa é de nós adeptos que defendemos o nosso clube de tal forma que já não sabemos distinguir o certo do errado. Para defender o nosso clube somos capazes de matar outros adeptos, somo capazes de atirar petardos para o meio das bancadas mesmo que estejam crianças. Somos usados pelas comunicações dos nossos clubes como arma de arremesso para esconder os podres dos dirigentes que se aproveitam do poder e dos nossos clubes. Há várias soluções, deixem de ver os programas da treta, deixem esses grupos das redes sociais, deixem de ir ao futebol, deixem de pagar as cotas, não votem sempre nos mesmos dirigente dos clubes.

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Caro António Tadeia, o futebol português evoluiu, e muito, ao longo dos últimos anos. Sim, muito pouco serão os que por aqui ainda se lembrarão dos campos pelados, das transmissões em canal único, etc, etc. Sou dos que defendem que Gilberto Madaíl, primeiro, e, sobretudo, Fernando Gomes, muito fizeram e fazem pelo nosso pobre futebol. Sim, três dias depois e quem falou pela FPF? Um alto dirigente federativo... Hélder Postiga. Por onde anda Fernando Gomes e Pedro Proença? Nestes casos, desaparecem. Mas isto é o futebol português. Todas as semanas, às segundas, é abrir os jornais e ler atos de violência por esses campos fora. Mas o que interessa? Levar o ouro a Belém, andarmos sempre a dizer que somos campeões do mundo e da Europa, disto e daquilo, e encobrir as misérias. E o poder político? Silêncio absoluto.

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Bem, concordo consigo em tudo. E acho que está na ora da Liga, FPF e Estado se reunirem e tomarem a decisão final em relação a tudo. É incompreensível como ainda são os clubes que fazem as regras do futebol que jogam. Multas banais e com várias ambiguidades à mistura. Enquanto não forem verdadeiramente ao bolso das pessoas não vamos parar com isto. Como portista muito fica por dizer de muita coisa. Mas prefiro calar-me porque debater vai ser a mesma coisa e vai dar ao mesmo lugar. Por isso, que se faça uma Task force, entre FPF e ESTADO (sobretudo estes até porque não sei até que ponto a Liga estaria interessada em mudar devido a serem ela dominada pelos clubes). E peguem no regulamento da Alemanha e Reino Unido e no modo penal e de coimas e apliquem aqui. Aí vamos todos ver que até temos dirigentes, treinadores e jogadores bem comportados. Ou pobres no sentido literal.

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Nós por aqui e à boa maneira portuguesa reagimos sempre pela negativa, a maior parte de nós não se revê naquelas "cenas" e faz o mais simples afasta-se. Os outros como eu vão puxando a brasa à sua sardinha e no fundo todos são culpados!

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Quanto ao episódio do Dragão, conjuntural, o que se exige é atuação célere, com punição de quem tem de ser punido. Quanto à questão estrutural, do clima de ódio e guerra permanente entre os principais clubes, que chega a contagiar os outros, embora os adeptos sejam decisivos para o eliminar, implica sobretudo uma profunda mudança de mentalidades no dirigismo. Antes de mais, limpando-o daquela tralha acessória que mais não são do que acéfalos yes man, cuja conceção de lealdade é cerrar os dentes a tudo o que vem do outro lado e instigar a violência. O Porto sempre fez gala de ter um campo difícil, e não só desportivamente, para os adversários. O Sporting também apregoa ser um clube diferente e acaba com comportamentos iguais aos de sempre. Falo destes clubes porque protagonizaram o último episódio desta novela sem fim. E por que os nomeio? Para evidenciar que não há inocentes. A par da violência, o que mais me irrita são as virgens ofendidas, como se os únicos culpados fossem os outros. E os adeptos, sim, também os adeptos são culpados, a embarcarem nas teorias idiotas da propaganda dos clubes.

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