A estrela dos recordes
O Estrela Vermelha fez algo que nunca ninguém tinha feito na Sérvia – ou na Jugoslávia. Ganhou a terceira dobradinha seguida. São 62 jogos sem perder no campeonato, mais 14 na Taça.
É preciso um grande esforço de memória para nos lembrarmos de uma derrota do Estrela Vermelha contra outra equipa da Sérvia. A última, no campeonato, já data de 27 de Outubro de 2021, contra o Radnik Surdulica (1-2). Na Taça da Sérvia, então, a coisa vai até mais longe, até 10 de Junho de 2020, numa meia-final com o Partizan (1-0). O Estrela Vermelha ganhou o sexto título nacional consecutivo, igualando a proeza dos rivais citadinos, que foram seis vezes campeões de 2008 a 2013, mas garantiu um lugar isolado nos livros de história ao levar para as vitrinas do Rajko Mitic a terceira dobradinha seguida. Além de ter repetido a conquista do título sem derrotas que já celebrara em 2021 – nas últimas três épocas, só perdeu aquele jogo em Surdulica – o Estrela Vermelha tornou-se o campeão mais prematuro da história da Sérvia, com seis jogos por disputar, e tem em curso um recorde de imbatibilidade que, contando já a primeira ronda desta nova época, se eleva a 62 desafios, com 53 vitórias, nove empates, 166 golos marcados e 30 sofridos. Mesmo assim, a decisão da administração foi firme e chegou antes de terminar a temporada e até de se jogar a final da Taça, ganha ao Cukaricki, a 25 de Maio. É certo que já desde Março se falava nisso, mas foi uma semana antes dessa final, a 18, que o Estrela Vermelha anunciou que não ia continuar com Milos Milojevic, o treinador campeão, e que iria substituí-lo pelo israelita Barak Bakhar, recentemente sagrado campeão de Israel pelo Maccabi Haifa.