Volume com cérebro
A vitória do Sporting nasceu do volume de jogo e da capacidade que os leões tiveram para se instalarem na área do Rio Ave. O que só foi possível pela conjugação da pressão com cérebro atrás.

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O Sporting deu ontem, em Vila do Conde, uma resposta afirmativa às dúvidas que se vinham colocando a propósito da sua candidatura à revalidação do título, na sequência da segunda mudança de treinador na temporada, ganhando por 3-0 a um Rio Ave que não perdia ali há quase 15 meses e, mais, fazendo-o com Gyökeres no banco durante os primeiros 80 minutos. A exibição leonina foi categórica, não só na forma como anulou o início de construção dos donos da casa – com 14 recuperações de bola no meio-campo ofensivo – mas sobretudo pelo aglomerado de situações de finalização que construiu, principalmente através da interessante dinâmica criada entre Debast, Maxi Araújo e Quenda no corredor esquerdo. Ao todo, os leões finalizaram 29 vezes, 27 das quais dentro da área – o que é um novo recorde da Liga. E só uma noite de extraordinário acerto de Miszta, o guarda-redes polaco do Rio Ave, creditado com onze defesas, impediu o resultado de crescer para números mais consentâneos com aquilo que se viu no campo.