António Tadeia

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Valeu Rafa a um Benfica estreito
Análises

Valeu Rafa a um Benfica estreito

O Benfica jogou sempre demasiado por dentro, facilitando a tarefa à equipa do Casa Pia, muito bem organizada em duas linhas defensivas. Valeram as acelerações de Rafa e uma mudança ao intervalo.

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ago 14, 2022
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Gonçalo Ramos foge a Taira no jogo com o Casa Pia (Foto: Facebook Sport Lisboa e Benfica)

O Benfica encontrou ontem no Casa Pia o adversário mais difícil nos quatro jogos que já fez esta época. Ganhou por 1-0, em Leiria, graças a um golo de Gonçalo Ramos no qual também Rafa, João Mário e Bah desempenharam um papel ativo, mas sofreu para passar de um interessante trabalho defensivo à real criação de desequilíbrios, muito devido à capacidade do adversário lhe anular o jogo interior e simultaneamente encontrar formas de sair para o contra-ataque. A vitória encarnada foi justa, mas materializada sobretudo em função de uma superior capacidade individual de alguns dos seus jogadores, da alteração tática feita por Roger Schmidt ao intervalo e da natural incapacidade do Casa Pia para manter a concentração e o nível durante 90 minutos, para lá do momento em que se foi o fulgor físico e no qual Filipe Martins se viu forçado a fazer substituições. “O que fez a grande diferença foi a distinção de andamento de uma equipa para a outra”, considerou no final o treinador do Casa Pia. Não foi só. Mas foi também.

O Casa Pia entrou com um bloco baixo e junto, mas com uma particularidade estratégica que demonstra estudo e conhecimento do adversário. Os gansos começavam a defender-se em 5x4x1, mas assim que o Benfica entrava em zona de criação deixavam ficar o extremo do lado esquerdo, Godwin, a par com o ponta-de-lança, Rafael Martins, com a intenção de explorar o adiantamento de Gilberto numa eventual transição comandada pelo jogo sempre criterioso do médio Taira. Como os quatro atacantes do Benfica ficavam sempre muito interiores, não dando saída por fora a Gilberto e Grimaldo, isto permitia o encaixe dos dois laterais casapianos nos do Benfica e a criação de superioridade numérica nas faixas, fosse com Neto ou Taira – o que estivesse mais próximo – à esquerda ou com Kunimoto à direita. A questão é que se leu bem a forma de jogar do Benfica e encontrou modo de a contrariar, Filipe Martins não conseguiu prolongar por todo o jogo a eficácia. E isso deveu-se à fadiga dos seus homens – fazendo-os perder concentração –, à menor qualidade ou entrosamento dos suplentes que chamou ao campo, mas também à entrada de Bah e à mudança tática que isso representou no jogo do Benfica.

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