Uma pressa do c... para ganhar
Portugal entrou diferente no jogo com a Coreia do Sul e perdeu. Não tanto por causa das diferenças, mas da falta de urgência de ganhar. Como diria Ronaldo, "estavam com uma pressa do c... para jogar".
A seleção de Portugal salvou o primeiro lugar do Grupo H do Mundial, mas fê-lo numa tarde de serviços abaixo dos mínimos, na qual perdeu com a Coreia do Sul, renegou a identidade de jogo que apresentara até aqui e acabou a justificar que se virem para si mesma as palavras do insatisfeito Cristiano Ronaldo no momento em que foi substituído. “Estão com uma pressa do c... para jogar!”, podia dizer-se aos escolhidos por Fernando Santos para encerrar a fase de grupos. O jogo tinha menos importância, mas a mesma responsabilidade dos anteriores. Já apurada, a seleção sabia que dificilmente perderia o primeiro lugar, o que podia contribuir para que tirasse um pouco o pé, mas ao mesmo tempo não ganhava nada em deixar esvaziar o balão da confiança que enchera com as vitórias nas duas primeiras jornadas. O que decidiu o desafio foi o facto de os coreanos terem mantido a chama bem acesa até ao final, porque tinham um objetivo concreto à sua frente, enquanto que a equipa portuguesa cedo desligou as máquinas – que além disso nunca tinham passado da velocidade lenta. Portugal perdeu em dois cantos, um contra, com um corte desastrado de Ronaldo a dar a Lee a possibilidade de finalizar face a Diogo Costa, e outro a favor, onde a globalidade da equipa se deixou ficar sem reação na frente e permitiu que Son corresse todo o campo sem oposição antes de dar a Hwang a bola para o 2-1, já na compensação. A derrota não tem consequências práticas, mas seguramente deixará uma nódoa difícil de apagar na caminhada, por mais controlo de danos que se queira fazer daqui para a frente.
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