António Tadeia

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Um petisco para o leão
Análises

Um petisco para o leão

O SC Braga mudou a estrutura para tentar contrariar o Sporting mas foi sempre presa fácil de um leão capaz de desanuviar o espaço interior com movimentações constantes nas alas.

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António Tadeia
fev 02, 2023
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Um petisco para o leão
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Morita chuta para o primeiro golo do Sporting na goleada ao SC Braga, ante o olhar de Al Musrati (Foto: Facebook Liga Portugal)

O Sporting reentrou com mais propriedade na luta por um dos primeiros três lugares, os que dão acesso à próxima Liga dos Campeões, ao golear pela segunda vez esta época o SC Braga, por 5-0, em jogo no qual saltou à vista a facilidade com que os leões superaram as alterações estruturais preparadas pelo até então vice-líder. Escaldado com os 5-0 que ali tinha apanhado na Taça da Liga, em Dezembro, Artur Jorge montou a equipa num híbrido de 5x2x3 defensivo, que espelhasse a organização leonina, com um 3x5x2 atacante, mas excetuando os primeiros cinco ou seis minutos de jogo, porventura devido ao efeito-surpresa que a reorganização terá provocado no adversário, a sua equipa foi sempre presa fácil de um leão capaz de ligar por dentro e por fora e de variar corredores com agilidade, retirando referências de marcação a um meio-campo bracarense que pareceu sempre perdido. O avolumar do resultado só se deu na segunda parte, também porque o SC Braga ficou com dez homens a partir do minuto 49, por expulsão de Niakaté, mas já no primeiro tempo os números mostravam a superioridade clara da equipa da casa.

Até ao intervalo, o Sporting rematara 11 vezes, contra duas do SC Braga – sendo que estas duas aconteceram até aos 12’ de jogo... – e apresentava 63 por cento de posse de bola. Chave para esta superioridade foi a forma como Ugarte se colocou atrás da primeira linha de pressão bracarense para receber a bola quase sempre à vontade, beneficiando das movimentações de Morita (na esquerda) e Edwards (na direita) para longe da zona central. Estes levavam com eles opositores e desanuviavam o tráfego pelo meio. O SC Braga tentava defender com uma linha de três a contrapor aos três de trás do Sporting – e se tivesse sido mais forte na pressão talvez até criasse problemas a um leão que, privado de Porro, perdera igualmente a capacidade do espanhol disparar depois de ganhar aquele primeiro um-para-um em construção. Só que nem a primeira linha de pressão bracarense era eficaz nem havia depois ninguém para atrapalhar a ligação com Ugarte. Se Racic era atraído à esquerda em apoio a Sequeira, pela presença simultânea de Esgaio e Edwards junto à linha, Al Musrati ficava muito atrás, provavelmente com receio do que a saída de Morita para a faixa esquerda do ataque leonino pudesse arrastar um dos centrais e que Pedro Gonçalves ficasse demasiado à vontade nas entrelinhas. O resultado foi o total à-vontade com que Ugarte mudou o ascendente do jogo para o lado da equipa da casa.

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