António Tadeia

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Um manual para a decisão
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Um manual para a decisão

Todos temos umas ideias acerca do que valem os protagonistas que vão subir ao relvado hoje, no dérbi que ajudará a decidir esta Liga. Mas, e que tal passar das ideias preconcebidas aos factos?

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António Tadeia
abr 06, 2024
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Um manual para a decisão
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Diomande, Edwards e Di María no dérbi da primeira volta: o que é que cada um faz melhor? (Foto: Facebook Liga Portugal)

Palavras: 6248. Tempo de leitura: 33 minutos.

Vamos ter com os amigos à esplanada, hoje, antes do Sporting-Benfica. E toda a gente tem uma enorme quantidade de certezas absolutas acerca dos protagonistas. Que o Trubin é um monstro entre os postes, que o Coates domina o espaço aéreo e o Inácio e o António Silva são mestres a sair a jogar, que o João Neves recupera mais bolas do que as que há em campo e o Hjulmand parece um relógio na distribuição, que o Di María trabalha pouco mas cria golos do nada, que o Trincão avança com bola como se o campo não acabasse, o Gyökeres é imparável no ataque à profundidade e o melhor ponta-de-lança do Benfica é o Cabral, porque garante presença na área. O problema é se um dos nossos amigos discorda. “Não, pá, não percebes nada disto”, diz-nos, antes de contra-argumentar, por exemplo, que melhor entre os postes é o Israel e que o Trubin se impõe, sim, mas é nas saídas. Ou que o Gyökeres é importante mas é por receber passes longos e aguentar a pressão e o melhor avançado do Benfica é mas é o Tengstedt, porque pressiona. O guia que vou deixar aqui é um argumento para esse tipo de debates, mas também uma ajuda para ver melhor o jogo de mais logo, no qual estarão face a face as duas melhores equipas desta Liga.

E a primeira questão que se coloca é mesmo essa. Afinal, qual é a melhor? Não se tratará de definir toda uma época em 90 minutos, porque a verdade é que se este jogo acabar por ser assim tão relevante é porque as duas equipas não se distinguiram assim tanto uma da outra nos 27 desafios que já disputaram até aqui. Sporting e Benfica seguem separados por apenas um ponto, ainda que com a vantagem leonina de ter um jogo a menos – a visita a Famalicão, que foi adiada para o próximo dia 16, por indisponibilidade das forças de segurança na data original. Os leões têm mais 16 golos marcados, mas também mais cinco sofridos. Em casa têm sido mais fortes, pois até aqui ganharam todos os jogos ali feitos na Liga e só sentiram algumas dificuldades nas duas partidas contra a Atalanta, na Liga Europa – derrota (1-2) e empate (1-1). Fora, o Benfica já perdeu duas vezes nesta Liga, uma pela margem mínima (2-3) no Bessa, logo a abrir, e outra mais recentemente, no Dragão, mas por concludentes 5-0. Isto, qualquer um percebe olhando para a classificação. Mas uma olhada mais aprofundada aos dados desta competição permite-nos entender que o Benfica cria um nadinha mais do que o Sporting, que no entanto é mais eficaz no aproveitamento dos ataques, e que em contrapartida o Sporting se defende bem melhor do que o Benfica, que no entanto tem um guarda-redes mais decisivo. Mas passemos à análise detalhada dos dados, tanto no plano coletivo como individual.

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