Um confronto histórico e filosófico
El Clásico espanhol pode ser visto de várias formas. Um confronto entre regiões, um debate filosófico sobre futebol ou um choque de titãs. Escolha a sua.
“El Clásico”, como lhe chamam os espanhóis, está marcado para este sábado e a globalização faz com que o jogo entre na agenda dos apreciadores de futebol um pouco por todo o Mundo. Este já não é o desafio de Ronaldo contra Messi, a dupla de génios que tantos seguidores agregou para a rivalidade e lhe deu um tom de debate filosófico. Nem o do confronto mais político entre o centralismo castelhano e a resistência catalã, que levou Figo para Madrid mas que começara com o desvio de Di Stefano para a capital ou as proezas de Cruijff no Bernabéu. Poucos clássicos mundiais terão um histórico tão equilibrado como este: são 244 jogos oficiais, com exatamente 96 vitórias para cada lado, e 52 empates. Isto, claro, se contarmos o primeiro de todos – o que não é pacífico. Se o ignorarmos, por considerar a prova como não oficial, a vantagem é madrilena.