Tudo ou nada para o Arsenal
Mikel Arteta chega aos 100 jogos na Premier League com o Arsenal no topo da tabela pela primeira vez em seis anos. Os Gunners dificilmente terão tudo, mas é improvável que acabem a época sem nada.
Mikel Arteta vai completar hoje, frente ao Fulham de Marco Silva e João Palhinha, o 100º jogo à frente do Arsenal na Premier League (17h30, Eleven Sports 1). Fá-lo num ambiente diametralmente oposto ao que teve de enfrentar no início da última temporada, altura em que viu o emprego por um fio: se há um ano o Arsenal era o último da tabela, com zero pontos e zero golos marcados em três jogos, agora é o primeiro, com três vitórias noutros tantos desafios e a perspetiva de poder prolongar este bom momento pelo menos até ao final do mês, quando visitar o Manchester United em Old Trafford num dia de sim ou sopas, de início de “tudo ou nada”. A mediatização ajuda os que nestas alturas gostam de lembrar que, “Hey, é o Arsenal, aquilo mais tarde ou mais cedo acaba por desabar”, mas ao fim de cinco janelas de mercado Arteta parece finalmente ter a equipa como quer. Ou quase como quer, que o treinador espanhol ainda não desistiu de contratar mais um extremo até ao final do mês.
Ainda há pouco mais de uma semana os seguidores da série “All or Nothing” [Tudo ou Nada], o documentário que a Amazon Prime faz todas as épocas com os bastidores da campanha do Arsenal, puderam ver o treinador a arrasar os seus jogadores, na sequência da derrota com Newcastle United (0-2) na penúltima jornada da Premier League de 2021/22. O resultado, somado ao desaire (0-3) sofrido quatro dias antes frente ao Tottenham, significou que o Arsenal perdeu o quarto lugar e a qualificação para a Liga dos Campeões para os rivais do Norte de Londres depois de ter chegado a dispor de uma vantagem significativa. “Não conquistámos o direito a jogar [na Liga dos Campeões]. Não ganhámos um duelo, não ganhámos uma segunda bola, fomos horríveis com a bola, não tivemos organização, não tivemos nada”. “Nothing!”, enfatizou Arteta, num monólogo feito ao plantel com muitas “F words” à mistura, dando razão no último episódio da temporada aos que dizem: “Hey, it’s only Arsenal”. E, no Arsenal dos últimos anos, já se sabe, se a pergunta é “All or Nothing?”, a resposta é geralmente entregue numa mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias
Subscreva a António Tadeia para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.