Três pontos e siga em frente
O jogo foi de serviços mínimos de parte a parte. O Vitória SC nem a perder se desmontou e, sempre seguro, o FC Porto nunca conseguiu ser brilhante. Ganhou com justiça, num golo em contra-transição.
Um golo de João Mário, em remate de ressaca após uma bem conseguida ação de pressão e contra-transição comandada por Taremi, deu ao FC Porto uma difícil e suada vitória frente ao Vitória SC (1-0), em Guimarães. O jogo não teve muitas situações de golo de parte a parte e foi mesmo um dos desafios em que os portistas menos criaram na primeira metade da Liga: de acordo com os dados da GoalPoint, apesar dos 14 remates feitos (só dois enquadrados), terminaram com um índice de Golos Esperados (xG) de 1,1, que só foi superior aos 0,9 que tinham conseguido na deslocação a Vizela ou na receção ao Benfica. “No último terço do campo não estivemos tão bem”, reconheceu no final Sérgio Conceição, admitindo que a equipa podia ter sofrido “algum dissabor, que não merecia”, porque tinha “o jogo controlado e o Vitória não fez um remate enquadrado”. E não fez, de facto. A equipa da casa acabou a partida com um xG de 0,9, consentâneo com a forma quase sempre especulativa com que abordou o encontro.
O jogo acabou por se decidir no segundo dos dois minutos de compensação dados pelo árbitro na primeira parte, sendo que até aí pouca coisa as duas equipas tinham feito para inaugurar o marcador. Sérgio Conceição voltou ao 4x4x2 com ponta-de-lança assumido, que foi Toni Martínez, ainda que desse ao espanhol a incumbência de cair muito na direita, a invadir o espaço entre Villanueva, o central mais à esquerda do trio vimaranense, e Afonso Freitas, o ala esquerdo, que como não tinha extremo do seu lado era atraído por João Mário, o lateral portista. O lance do golo, aliás, teve protagonismo dos dois. Taremi intercetou um passe de Maga para Jota e, apanhando o Vitória SC a sair, entregou de súbito a Eustáquio. Este, apesar da inferioridade numérica na área – onde havia três homens para Martínez – cruzou. A bola sobrou para um dos dois jogadores que o FC Porto colocou numa linha de ataque à ressaca: foi João Mário, que dominou e aproveitou uma escorregadela de Afonso Freitas para bater Varela com um remate cruzado de bela execução. “Era outra coisa ir para o intervalo empatado”, lamentou Moreno, realçando ainda assim que a sua equipa foi “competente a bloquear os caminhos da baliza”, mas que depois lhe faltou “qualidade com bola”. Verdade, que ajuda a explicar o sucesso portista e a exiguidade do resultado.
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