António Tadeia

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Os donos da bola (1): Premier League
Donos da Bola

Os donos da bola (1): Premier League

Há onze países nos donos dos 20 clubes da Premier, que não conhece um campeão de raiz inglesa desde 2004. Os americanos já mandam em cinco clubes. E ainda recentemente lá chegaram sérvios e sauditas.

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jan 26, 2022
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Os donos da bola (1): Premier League
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O verdadeiro protagonista está ao meio da foto: Pep Guardiola recebe o Sheikh Mansour, o manda-chuva do Manchester City

Se há um verdadeiro campeonato das nações, ele chama-se Premier League. Há onze países diferentes representados nas diversas entidades que dominam o capital das 20 equipas que estão na atual divisão de topo do futebol inglês, estando por agora os emiráticos (sim, é mesmo assim que se diz...) do Manchester City bem posicionados para revalidarem o título de campeões. Sendo que nos últimos anos também os norte-americanos do Liverpool FC, os russos do Chelsea e os tailandeses do Leicester City celebraram a conquista do campeonato. Não há um campeão verdadeiramente inglês desde que o título foi ganho pelo Arsenal, em 2004 – mas mesmo os Gunners já são hoje uma equipa norte-americana.

Ao todo, apenas cinco das 20 equipas da atual Premier League têm maioria de capital inglês, sendo que entre estas só uma, o Tottenham, está entre os habituais candidatos às posições cimeiras. Todos os outros grandes clubes foram sendo alvo de take-overs por parte do capital internacional, sempre atento às possibilidades de negócio que uma vaga na mais mediática Liga de futebol do Mundo pode proporcionar. Essa é a consequência normal do sistema do futebol inglês, que prevê que os clubes profissionais sejam empresas cotadas em bolsa – a não ser que alguém compre a totalidade das ações e retire o clube do mercado bolsista – e por isso mesmo abertas a investidores, mas também da pujança financeira da Premier League no mercado global, tornando o investimento num clube lá presente apetecível e a compra de emblemas situados nas divisões inferiores uma oportunidade de negócio.

Claro que comprar um clube inglês é uma operação onerosa, apenas ao alcance de milionários – se for uma equipa do Championship, onde também já há poucos clubes detidos por capital inglês – ou até de bilionários – se a ideia for adquirir um emblema da Premier League. Mesmo assim, nos últimos três anos houve três a mudar de mãos: o Southampton FC, o Burnley FC e o Newcastle United. E é evidente que, não havendo assim tantos bilionários interessados em investir no desporto, alguns vão multiplicando interesses em clubes de países diferentes. Esse é um problema que o futebol vai ter de enfrentar em breve.

Para já, aqui fica a primeira parte da atualização de um trabalho que iniciei no meu site antigo e que se destina a fazê-lo conhecer, um a um, quem são os donos da bola no futebol europeu. O segundo episódio aparecerá na semana que vem e centrar-se-á no futebol italiano.

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