António Tadeia

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Os Donos da bola (8): Países Baixos
Donos da Bola

Os Donos da bola (8): Países Baixos

Nos Países Baixos, quase todos os clubes são sociedades anónimas, mas são raros os casos em que o capital se dispersou ou saiu debaixo da alçada de fundações que eles próprios formaram ao mesmo tempo.

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mar 19, 2022
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Os Donos da bola (8): Países Baixos
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Edwin Van der Sar trocou luvas, chuteiras e calções pelo fato e é um dos executivos de topo num Ajax cotado em bolsa (Foto: Facebook Ajax)

Nos Países Baixos, poucos são os clubes que não tenham no início deste século passado por muito complicados processos que podiam tê-los conduzido à falência. A maior parte é hoje detida por fundações que reestruturaram o património e as dívidas, tendo alguns deles tido de recorrer a financiadores externos – geralmente grupos de adeptos que lhes emprestaram dinheiro contra a possibilidade de passarem a ter uma palavra a dizer na gestão, e até, em alguns casos, os próprios municípios, que se deixaram enredar em teias de “brand awareness” ou em processos de construção e posterior aluguer de infra-estruturas desportivas que os deixava prisioneiros. Ainda assim, poucos são os casos de clubes na Eredivisie que tenham ido parar às mãos de privados: há um russo, um turco, e um par de holandeses, um dos quais até foi futebolista internacional jovem, mas depressa entendeu que faria mais fortuna nos negócios do que a jogar.

No meio de todo este panorama, há o caso de sucesso do Ajax, que está cotado em bolsa, incluído no Euronext de Amesterdão, mas o fez através de uma Oferta Pública de Venda em que só abriu ao público 17 por cento das ações, mantendo o controlo sobre o remanescente. Há o exemplo do PSV, que sempre pertenceu à Phillips e nos anos iniciais até usava a possibilidade de oferecer empregos na fábrica de eletrodomésticos como forma de seduzir jogadores a assinar contrato. Há a entrada de Billy Beane, o homem que esteve na origem de “Moneyball”, no Alkmaar, mas em condições muito especiais. E há casos muito curiosos, como o dos Amigos do Feyenoord, que salvaram o gigante de Roterdão, o do Bierhuisgroep – basicamente, o “Grupo da Cervejaria” –, que tomou conta do Cambuur, ou ainda o complicado negócio de imobiliário e construção que levou um empreiteiro a envolver o município de Waalwijk e a criar ao RKC uma necessidade que o clube aparentemente nem sabia que tinha para depois ir cobrar a dívida. Tudo explicado nos 18 parágrafos que se seguem, destinados a contar quem são os donos da bola no futebol neerlandês.

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