Os donos da bola (3): Ligue 1
O bilionários presentes no tecido societário da Ligue 1 francesa não se limitam ao xeque que manda no PSG. Lá estão também os donos da Yves Saint-Laurent ou da Ineos. Ou do Boavista.
O futebol francês de topo é ainda um misto entre a chegada do grande capital e o feudo de alguns poderosos industriais interessados na modalidade. Há de tudo. Desde tomadas de posição de grandes grupos internacionais, como os cataris que mandam no Paris Saint-Germain ou os norte-americanos que são donos do Olympique Marselha, a sociedades de incidência fortemente familiar, como o Montpellier HSC dos Nicollin ou o Olympique Lyon dos Aulas. Pelo meio, há fortunas incalculáveis a passear pelo futebol de alto rendimento, de gente como o francês Pinault, o russo Rybolovlev ou o britânico Ratcliffe. E para quem está em Portugal há o caso interessante do Girondins de Bordéus, que pertence a Gerard Lopez, o acionista maioritário do Boavista.
Muitos dos clubes franceses que hoje competem na Ligue 1 foram comprados por um euro simbólico, de tão falidos que estavam. O que prova que uma boa direção pode fazer toda a diferença entre o fracasso e o sucesso. Certo é que nomes históricos como Claude Bez ou Bernard Tapie têm sucessores à altura no atual panorama do futebol francês, ainda dominado pelo capital de origem nacional. É difícil comprar um clube do escalão principal, a não ser que se esteja na disposição de abrir os cordões à bolsa. O mais fácil é mesmo comprar abaixo e apostar na competência para se fazer o caminho ascensional. Foi assim que começou a história de boa parte dos 20 proprietários de clubes do escalão principal. E é essa a esperança de muitos, até nas divisões inferiores, como o português Armand Lopes, dono do US Créteil-Lusitanos. Nos 20 parágrafos que se seguem, pode ficar a conhecer todos os donos dos clubes da Ligue 1 francesa.