O que muda com Rúben Neves?
O Al Hilal pulverizou o recorde saudita e bateu 55 milhões de euros para contratar Rúben Neves. O que muda? Na minha opinião, nada. É preciso entender que este foi um negócio de oportunidade.

O Al Hilal não apenas bateu como pulverizou o recorde saudita de transferências, pagando 55 milhões de euros ao Wolverhampton WFC pelo médio português Rúben Neves. Para terem uma ideia, tendo em conta que o recorde anterior tinha sido fixado pelo mesmo clube, há dois anos, em 18 milhões de euros, quando contratara o extremo luso-brasileiro Matheus Pereira ao West Bromwich Albion, era como se de repente agora um clube português rebentasse os anteriores máximos de mercado e batesse mais de 60 milhões de euros na mesa por um só jogador. E é aqui que toda a gente interrompe e diz: “não tem nada a ver, os sauditas têm dinheiro, os portugueses não”. E é verdade. Os sauditas têm dinheiro, mas até este ano nunca o gastaram em operações de mercado, preferindo contratar jogadores livres e carregar com força nas condições que lhes oferecem para os convencer. É a partir dessa constatação que podemos lançar a questão, também alimentada pela contratação de Koulibaly ao Chelsea, confirmada hoje, por 23 milhões de euros: estará algo a mudar no futebol saudita ou estes terão sido casos episódicos, em que pesou mais a vontade de ganhar alavancagem e resolver problemas a um parceiro de negócios, como podem sempre ser Jorge Mendes ou o Chelsea? Acredito muito mais nesta última possibilidade.