O muro da eficácia
O FC Arouca levou um ponto de Alvalade, onde o Sporting não teve capacidade nem eficácia para aproveitar o muito campo que o adversário lhe deu e voltou a atrasar-se na luta pela entrada na Champions.
O Sporting voltou a ceder pontos na luta por uma vaga na próxima Liga dos Campeões, ao empatar em casa (1-1) com o FC Arouca, em jogo da 28ª jornada da Liga Portuguesa, no qual sofreu mais um tento na sequência de um erro individual e não foi capaz de transformar o caudal ofensivo de que dispôs em golos. Os leões estão agora a sete pontos do SC Braga e a nove do FC Porto, as duas equipas que ocupam as últimas vagas de acesso à Champions, muito porque, tal como já lhe havia acontecido no último empate cedido, o 0-0 com o Gil Vicente em Barcelos, ficaram bastante aquém em termos de finalização. O índice xG (golos esperados, face às situações de remate de que dispôs) desses dois jogos somados foi de 4,4, mas neles a equipa leonina fez só um golo, valor ainda assim mais sintomático da sua falta de qualidade frente à baliza do que do acerto defensivo dos adversários. Foram 38 remates em 180 minutos para um golo apenas e para o desperdício de quatro pontos preciosos.
Ontem, em Alvalade, a barreira que se apresentava ao Sporting era difícil de franquear: o FC Arouca sofrera apenas um golo nos últimos seis jogos, desde que caíra em Braga, por 2-0, a 19 de Fevereiro. Armando Evangelista montou a linha de seis atrás a que recorre sempre que tem pela frente um adversário de mais elevado potencial e, apesar das nuances estratégicas em que o jogo foi rico, essa organização defensiva foi chegando para o futebol muito à base de cruzamentos utilizado pelo Sporting. Sim, a equipa visitante aproveitou um erro num alívio de Diomande para se colocar em vantagem, por intermédio de Antony, no final da primeira parte, depois de os leões até já terem desperdiçado um penalti, por Pedro Gonçalves. Sim, o FC Arouca teve a fortuna de ver um golpe de cabeça de Morita bater na trave e um desvio de Chermiti esbarrar no poste da baliza do já batido De Arruabarrena. E sim, recorreu, sobretudo na segunda parte, a muito anti-jogo, que levou o árbitro a compensar no final com 12 minutos de descontos. Mas só aos 87’, mais de um quarto-de-hora depois de Coates ter avançado para o centro do ataque como solução milagrosa de combate à escassez, é que Pedro Gonçalves conseguiu evitar a derrota, convertendo o segundo penalti de que os leões beneficiaram.
Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias
Subscreva a António Tadeia para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.