O milagre de Razgrad
Não há nada de novo na Bulgária? O Ludogorets ganhou o 12º campeonato seguido? Sim, mas desta vez esteve a dois jogos de ver o domínio interrompido. Valeu o milagre operado pelo regresso de Petev.
O impensável quase acontecia. A duas jornadas do fim do campeonato búlgaro, quem seguia na frente era o CSKA Sofia. Estranho? Sem margem para dúvida. O CSKA, a equipa do exército no antigo regime, até é o maior dos clubes búlgaros, o que tem mais campeonatos ganhos, ao todo 31. Só que o último já foi em 2008. E de 2011 para cá um autêntico furacão tomou conta do futebol no país, com origem na cidade de Razgrad, uma pequena urbe que não chega a ter 50 mil habitantes. Montado na fortuna de Kiril Domuschiev, o Ludogorets subiu nesse ano à I Divisão. Depois disso, tinha ganho os onze campeonatos que disputara. Nalgumas épocas até foi apertado pelos segundos classificados, mas em 2022 tinha colocado a gigantesca margem de 21 pontos entre ele e o CSKA Sofia, que foi quem mais se aproximou. Desta vez, a dois jogos do fim, um empate a duas bolas no terreno do outro CSKA – sim, há dois, mas já explico lá mais à frente... – permitira a ultrapassagem do histórico ao clube dominante. O problema é que na penúltima ronda havia dérbi entre os CSKA – e o empate aí verificado (1-1) valeu a nova subida do Ludogorets ao topo. De vez. Um 3-2 ao Levski Sofia, o outro histórico de Sofia, e um difícil 1-0 em Varna, contra o Cherno More, no último dia, permitiram o 12º título consecutivo de uma equipa que até mudou de treinador em Março, substituindo o esloveno Ante Simundza, o campeão recordista de 2022, pelo búlgaro Ivaylo Petev, o técnico do início da aventura, na II Divisão.
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