O jogo das cadeiras
Riera tinha sido campeão em Ljubljana, mas não lhe renovaram contrato. Mudou-se para Celje, onde comandava a tabela quando saiu, para França. Já voltou para pegar na equipa que Krznar fez campeã.
Palavras: 2946. Tempo de leitura: 15 minutos (áudio no meu Telegram)
Para acompanhar aquilo que foi o último campeonato da Eslovénia é aconselhável que se faça o mesmo que quando se ouve aqueles podcasts de história com intrigas palacianas e gente a mudar de campo a toda a hora de acordo com os seus interesses políticos: de maneira a não se perder, agarre num papel e num lápis e vá tomando nota dos nomes, porque o enredo é complicado. A Liga foi ganha, com um avanço grande, pelo NK Celje, o clube que eliminou o Vitória SC nas pré-eliminatórias da Liga Conferência logo no início de Agosto. Quando os “Condes” afastaram os minhotos da Europa, eram treinados por Albert Riera, o espanhol que na época anterior tinha sido campeão aos comandos do Olimpija Ljubljana mas a quem os “Dragões” da capital não ofereceram renovação de contrato, optando pelo português João Henriques, ex-técnico, entre outros, do Vitória SC. Mas no momento em que festejou o título, o NK Celje já tinha à frente o croata Damir Krznar, um treinador que começou a temporada no Maribor, outro dos candidatos ao título, mas que foi despedido em Outubro, tanto era o atraso que já tinha para a frente, vindo uma semana depois a substituir Riera, quando este se deixou seduzir por uma proposta dos franceses do Girondins de Bordéus. Ainda não se perdeu? Ótimo! É que, ainda antes de percebermos o que aconteceu com João Henriques e Zoran Zeljkovic – deste ainda não vos falei, mas falarei mais à frente – nesse louco mês de Outubro, falta dizer que depois de Krznar ter começado o campeonato e a Champions deste ano, ontem, quando o clube foi eliminado pelo Slovan, com um 5-0 encaixado em Bratislava, quem estava a estrear-se no banco do NK Celje era... Albert Riera, que se desvinculara do Bordéus, entretanto falido.