O fim de uma era
Pela primeira vez, o Manchester City de Guardiola não chega sequer aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Foi o fim de uma era. Amanhã se perceberá se a nova já vem aí ou se é preciso esperar.
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A derrota do Manchester City em Madrid, por 3-1, na segunda mão do playoff de acesso aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, significou que o poderoso tetracampeão inglês pode estar a um jogo de acabar a época – ou pelo menos de se concentrar desde já na preparação para o Mundial de clubes, que vai jogar em Junho e Julho. Quando amanhã (16h30, DAZN 1) receber o Liverpool FC, em jogo da 26ª jornada da Premier League, o City sabe que nem uma vitória lhe dará acesso à luta pelo título – mesmo com um jogo a menos, está a 17 pontos dos líderes, o que é demasiado para se pensar em recuperações. Mas, além de ser importante para impedir a perda do quarto lugar (de Champions) no imediato, que o Bournemouth só está um ponto atrás, a vitória é o único resultado capaz de mostrar que ao fim de uma era sucederá no imediato o início de outra. Que os ajustes feitos em andamento no mercado de Janeiro poderão ser o motor de arranque para a construção de uma equipa que substitua a que dominou o futebol inglês e na qual, por isso mesmo, Pep Guardiola foi recusando mexer, deixando-a envelhecer em conjunto. O treinador catalão, esta semana brindado pelo público do Bernabéu com irónicos cânticos a pedir-lhe que fique no City, renovou contrato e abraçou a reconstrução, que será feita ao lado do português Hugo Viana, que substituirá Beguiristain como diretor desportivo do potentado do dinheiro do Abu Dhabi, mas os sinais de “burnout” que tem evidenciado lançam a dúvida sobre a energia que lhe resta para o fazer. É por essa questão que arranca a Entrelinhas desta semana, a revisão do futebol que se jogou e do que vai jogar-se nos próximos dias.