O Fica a Dica ao fim de dois meses
Dependendo da estratégia seguida, o projeto Fica a Dica está neste momento com uma rentabilização de 64,7% ou de 215,36%. Vale a pena dar uma espreitadela e avaliar você mesmo.
Lancei, no início de Março, o projeto Fica a Dica, em colaboração com a Solverde, uma das empresas de apostas online a operar em Portugal. O projeto está a entrar no terceiro mês. Sugeri-vos até ontem 61 apostas, uma por dia, que pode consultar no meu canal de YouTube, pois está lá tudo para memória futura e para não dizerem que estou a aldrabar-vos. Das 61 sugestões de aposta, falhei 25 e acertei 35 – houve uma, de “handicap”, que foi nula e, por isso, devolvida. A margem de acerto está um pouco acima do sofrível, o que só vem acentuar uma coisa da qual talvez não se tenham apercebido nisto das apostas: aqui não há adivinhos; está tudo na forma como se casa a estratégia de gestão de banca com a escolha das odds. E, se houver por aí alguém a seguir uma das duas estratégias de gestão de banca que eu também recomendei, estaria antes do Villarreal CF-Liverpool FC de hoje a ganhar 64,7% numa abordagem conservadora ou 215,3% num plano mais arriscado.
Soube desde sempre do risco que estava a correr com este projeto, um risco muito superior ao corrido pela maior parte das figuras mais ou menos públicas que são arregimentadas pelas empresas de apostas para produzirem este tipo de conteúdos. Não sou ator, nem humorista, nem antigo futebolista: sou jornalista e comentador de futebol, pelo que cada “red” – aposta falhada – ia ser um autêntico tiro na minha credibilidade, que os contestatários do costume iam poder aproveitar para me diminuir na minha atividade profissional. E quem anda nisto sabe bem que, por mais que vos digam o contrário, até os melhores “tipsters” – o que nunca pretendi ser – vão tendo alguns “reds”. A ideia é a de os normalizar, não reagir a eles de forma emocional e intempestiva e seguir com o plano. Portanto, antes de começarem a apostar, reflitam bem em duas coisas. A primeira: nunca joguem com dinheiro que vos faça falta, que é a melhor maneira de evitar reações emocionais que deitarão tudo a perder. A segunda: nunca deixem que um “red” vos aflija o ego. Sabem aqueles amigos que de vez em quando vos mostram uma múltipla muito bem sucedida? Desconfiem. E guardem os resultados para vocês. Não têm nada a provar – e se tiverem isso é meio caminho para se darem mal. Qual é o vosso objetivo? Ganhar dinheiro ou gabar-se disso aos amigos? O que me diz a experiência é que as duas coisas não jogam uma com a outra.
Daí que deva reforçar a terceira ideia. É a mais importante de todas: gestão de banca. Há quem aposte por intuição. Para iniciantes, o que recomendo é disciplina, um plano. Quanto vão arriscar em cada aposta? Há várias formas de encarar a coisa. Já vos deixei dois vídeos, com duas que são clássicas. Numa, a tal a que chamei conservadora, arriscam sempre apenas cinco por cento da banca. Se têm lá dez euros, jogam 50 cêntimos. Se têm 100 euros, jogam cinco euros. Se têm mil, jogam 50. E assim sucessivamente. Uma das coisas que me agradou na abordagem da Solverde foi a promoção daquilo a que eles chamaram jogo responsável. E jogo responsável é isto, que expliquei neste vídeo:
E dizem vocês: “mas assim nunca mais fico rico”. É possível. Mas também é menos provável que fiquem fora de jogo e tenham de reforçar a banca para continuarem a alimentar o sonho da fartura, ficando, portanto, mais pobres. E da última vez que vi pobre era o contrário de rico. Além de que, deixem-me que vos diga uma coisa. Imaginem que tinham começado a seguir esta estratégia quando lancei o Fica a Dica, investindo 100 euros para constituir a vossa banca. Passados estes dois meses, seguindo religiosamente as dicas ali apresentadas e sendo sempre conservadores, teriam 164,74 euros. Assumindo que estes 61 dias servem de amostra mais ou menos fidedigna e que repetíamos esta taxa de acerto pouco mais do que sofrível, daqui a mais dois meses teriam 271,39 euros. E ao fim de seis meses já lá teriam 447,09 euros. Num ano, a vossa banca seria de 1998,91 euros. E nessa altura esta mesma margem de acerto permitir-vos-ia começar a retirar cerca de 600 euros por mês, mantendo sempre a banca no mesmo patamar. Não chega para deixar de trabalhar, mas ainda paga uns almoços e uns jantares ou uns fins-de-semana fora com a família.
Aqui vos deixo a folha de Excel com a simulação das apostas que recomendei nos primeiros dois meses do Fica a Dica, segundo esta estratégia mais conservadora de gestão de banca:
Claro que há quem tenha pressa. Nestas coisas, a pressa é mesmo inimiga da perfeição. Mas suponham que entravam com os mesmos 100 euros, mas que em vez de seguirem aquela estratégia mais conservadora, seguiam a mais arriscada, o plano Martingale de que falei neste vídeo. Aqui, o foco não é no que se arrisca, mas sim no que se ganha. Fixa-se um objetivo para cada dia – e acho que dois por cento são um objetivo muito razoável – e define-se, de acordo com a odd da aposta, quanto se tem de arriscar para nos mantermos dentro do plano. Esta estratégia também está explicada em vídeo, aqui:
O crescimento, a dois por cento ao dia, é muito mais rápido. Mas também é preciso ter mais sangue frio, porque casos há em que se arrisca mais – sobretudo após um par de “reds”. Seguindo esta estratégia, com as mesmas apostas e tendo iniciado com os mesmos 100 euros, teriam hoje 315,36 euros. Isto é, teriam conseguido um retorno de 215,36%. A vossa banca já estaria acima do triplo do valor inicial, o que significa que em vez de demorarem um ano a chegar aos tais dois mil euros de banca os atingiriam em seis, sete meses. Mas se no plano inicial, como podem ver na folha de Excel, nunca teriam arriscado mais de 7,72 euros numa só aposta, neste plano, a 8 de Abril, depois de três falhas consecutivas, teriam chegado a ter de arriscar 80,59 euros, que por essa altura seria quase metade da vossa banca. Uma má fase, neste plano, pode deixar-vos fora de jogo. Mas confiram os números estes dois meses de Fica a Dica seguindo o plano Martingale na imagem abaixo:
A estratégia que tenho seguido neste projeto é a de nunca aconselhar apostas com uma odd inferior a 1.70. Muitas vezes aconselho apostas com odds acima de 3.00 – e até já acertámos algumas. Francamente, acho preferível esta aproximação à de arriscar em apostas que nos pareçam mais seguras, mas que por isso mesmo pagam pouco e que também podem dar para o torto. Dos tempos em que fazia “trading”, assisti a muitos casos de apostas a 1.01 que foram pelo cano – e imaginava o desespero que iria do lado de lá. De qualquer modo, se querem experimentar, o fundamental mesmo é que achem apostas de valor, apostas que, tenham elas odds altas ou baixas, apresentem uma expectativa de acerto acima da odd que oferecem. E adequem a estratégia à vossa forma de estar. Se estão numa odd alta, aceitem um “red” e não achem que têm de provar alguma coisa ao Mundo. Melhores dias virão.
Se querem experimentar, aproveitem as vantagens do meu código promocional clicando no link em cima desta imagem. Se não querem, podem na mesma ver os vídeos que vão sendo publicados todos os dias no meu canal de Youtube, no meu Facebook ou no meu Instagram. Têm sido giros de fazer.
Tou a seguir a sua sugestão de gestão de banca mas tou a apostar 10% em vez de 5%... Que lhe parece? Cumprimentos