O clássico da moral
É tão raro o futuro campeão ganhar o primeiro clássico do campeonato, que corríamos o risco de o Sporting-FC Porto de mais logo não servir para nada. Mas vai jogar-se pelas sensações da Supertaça.
Palavras: 4867. Tempo de leitura: 23 minutos (áudio no meu Telegram). Links para artigos: 20.
Chega o primeiro clássico do campeonato, o Sporting-FC Porto de mais logo (20h30, Sport TV 1) e começamos logo a pensar que é uma espécie de prova dos nove antecipada. E é, mas não no sentido em que todos a esperamos. O jogo de mais logo é a prova dos nove pontos, que é o total com que as duas equipas entram em campo e que lhes permite estar na liderança, a par do FC Famalicão, que só joga amanhã, em Guimarães, com o Vitória SC (20h30, Sport TV2). Mas nem é preciso dizer que estamos apenas na quarta jornada e que haverá mais 30 a seguir onde ganhar e perder pontos. A olhar para o que se passou na última década, só 20 por cento (dois em dez) dos futuros campeões se impuseram no primeiro clássico em que se viram envolvidos. O jogo de hoje não deve ser encarado como decisivo, mas todos sabem que ele trará novas cores ao drama que vimos na Supertaça, com o Sporting a chegar a 3-0 e o FC Porto a virar depois para 4-3. Dessa dimensão moral vos falarei na Entrelinhas de hoje, reflexo de uma semana cheia, que me levará ainda a passar aqui pela contestação a Roger Schmidt no Benfica, depois do empate (1-1) arrancado ontem a ferros em Moreira de Cónegos, pelos sorteios das cinco equipas nacionais nas três provas da UEFA, pela primeira convocatória de Roberto Martínez para o ciclo que levará a seleção nacional até 2026 e pelo fecho do mercado nas Big Five, que aconteceu ontem.