O cerco a Hjulmand
Tal como no Dragão e ao contrário do que tinha feito em Alvalade, o FC Porto abdicou de pressionar a saída de bola do Sporting e apostou no cerco à unidade operacional na organização adversária.
Palavras: 1930. Quadros táticos: 5. Tempo de leitura: 9 minutos
A vitória do FC Porto sobre o Sporting, na Taça de Portugal, por 2-1, após prolongamento, explica-se muito através de três erros individuais de jogadores leoninos e da expulsão de St. Juste, ao minuto 30, que privou os recém-coroados campeões nacionais de continuarem a discutir a partida a todo o campo na hora e meia que acabou por restar, mas partiu de uma base de equilíbrio conseguido estrategicamente pela definição defensiva engendrada por Sérgio Conceição. É verdade que o FC Porto só ganhou devido aos tais erros individuais, o mau controlo de Geny Catamo a proporcionar a Evanilson o empate, o mau posicionamento de Inácio e a abordagem desastrada de St. Juste no lance da expulsão, e a precipitação de Diogo Pinto na saída dos postes a resultar no penalti da vitória, mas até esse momento o equilíbrio era dominante e só mesmo nas bolas paradas é que os leões conseguiam impor-se – fizeram-no no golo inaugural da final, aliás. E esse equilíbrio partiu muito da forma como o FC Porto conseguiu tirar Hjulmand do jogo, mas o Sporting se revelou impotente para fazer o mesmo a Alan Varela.