Ninguém perdeu face
O Benfica foi mais competente nos penaltis após uma final da Taça da Liga marcada pelo equilíbrio, pela fadiga e, sobretudo, pela vontade dos treinadores levarem para a Liga o ímpeto da meia-final.
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Foram 13 penaltis consecutivos sem uma falha, até Trubin defender o 14º, batido por Trincão, a dar ao Benfica a Taça da Liga de 2025, após o empate a uma bola com o Sporting na final de Leiria. A frieza nos penaltis foi sinal da competência posta em campo pelas duas equipas num jogo que valeu sobretudo por uma primeira parte intensa e com procura permanente das balizas, mas que teria passado bem sem a segunda, onde prevaleceram mais a fadiga e o medo de perder. Os segundos 45 minutos tiveram sensivelmente metade das ações na área e dos remates que se tinham visto no primeiro tempo (baixou-se de 34 para 18 ações e de 17 para nove finalizações), o que mostra duas coisas. Primeiro, que entre as 24 horas de recuperação que o Benfica teve a menos e a onda da lesões que tem levado o Sporting a esmifrar alguns jogadores e lhe limpou o banco de alternativas válidas, já não havia energia para mais. Depois, que o troféu, afinal, não pesava assim tanto no palmarés de qualquer das equipas, pelo menos não a ponto de arriscarem mais para evitarem os penaltis, já que o fundamental para Bruno Lage e Rui Borges parecia ser, isso sim, prolongar o momento que vinha das vitórias nas meias-finais e seguir para o campeonato sem uma derrota que trouxesse de volta aos respetivos grupos a sombra da dúvida. E isso, tanto um como o outro o conseguiram.