Ganhar onde tem de ser
Os jogos ganham-se na área e foi o que o FC Porto fez frente a um GD Chaves que mostrou sempre competência no meio-jogo mas que foi incapaz de contrariar a contundência dos dragões frente à baliza.
O FC Porto baseou na proatividade no ataque à área adversária a superioridade materializada na vitória por 3-0 sobre um GD Chaves sempre muito interessante no meio jogo mas incapaz de conter as arremetidas de jogadores azuis e brancos para cima da baliza de Paulo Vítor. Alinhando com Taremi e Toni Martínez no centro do ataque, mas fazendo sempre subir um ou dois médios e interiorizando Galeno no momento em que se aproximava da área, a equipa de Sérgio Conceição era sempre mais forte no ataque a eventuais segundas bolas geradas pelos seus cruzamentos ou fluente nas combinações curtas feitas frente à baliza, dessa forma criando mais situações de perigo do que um jogo pouco desigual em termos de volume podia fazer prever. Taremi, com um golo logo a abrir e uma assistência, após recuperação de bola, a matar o resultado, aos 70’, foi o homem da noite, respondendo assim em campo da melhor forma à expulsão de Madrid, na quarta-feira.
Entre estes dois momentos, porém, nunca o FC Porto teve o jogo perfeitamente seguro – e não terá sido devido às alterações feitas por Sérgio Conceição, que entrou com Fábio Cardoso em vez de Pepe, João Mário em vez do magoado Otávio – com Pepê a passar para o meio-campo –, Wendell no lugar de Zaidu e Toni Martínez na vaga de Evanilson, mas mantendo um sistema ligeiramente assimétrico, com diferentes comportamentos entre os laterais e entre os atacantes que abriam nas faixas. Com um meio-campo sempre capaz de ligar bem o jogo e dois laterais interventivos do ponto de vista atacante, o GD Chaves voltou a deixar boas indicações, um pouco à imagem do que já tinha feito quando ganhou ao Sporting em Alvalade (2-0), na quarta jornada. Aos flavienses, faltou uma linha da frente capaz de transformar um volume de jogo ainda assim interessante em verdadeiras situações de perigo e a capacidade para contrariar o futebol mais concreto dos dragões. Mesmo assim, quando, a 20 minutos do fim do jogo, Singh entregou a bola a Taremi e este arrancou decidido para a área, acabando por oferecer o segundo golo ao recém-entrado Evanilson, que acompanhava a jogada do outro lado, o índice xG das duas equipas não era muito desequilibrado: estava em 1,2-0,4, sintoma de um jogo cujo vencedor ainda estava em aberto.
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