António Tadeia

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FC Porto vence por Carneiro
F80

FC Porto vence por Carneiro

Cheirava a profissionalismo quando se jogou a final de 1925, a primeira com um árbitro estrangeiro. O FC Porto bateu o Sporting, unido em torno da memória de Velez Carneiro, assassinado dias antes.

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António Tadeia
dez 05, 2021
∙ Pago
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FC Porto vence por Carneiro
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Equipa do FC Porto campeã de Portugal em 1925. Da esquerda para a direita: João Costa (suplente), Cardoso, Siska, Floriano, Balbino, Humberto, Coelho da Costa, Flávio, Themudo, Hall, Freire, Nunes e Sequeira (suplente)

A vitória do FC Porto no Campeonato de Portugal de 1925, batendo o Sporting, por 2-1, na final de Viana do Castelo, terá sido a primeira conquista da alma portista, posteriormente tão bem consagrada no palmarés do clube. Unindo toda uma região em torno da tragédia que, pouco mais de um mês antes, resultara no assassinato do médio centro Velez Carneiro, um dos campeões de 1922, o clube fez dessa fraqueza força e acabou por se impor a um rival de Lisboa que, mais uma vez, fazia figura de favorito, mas baqueou quando se tratava de ganhar no campo. O jogo foi muito equilibrado e decidido a favor dos portistas por um penalti batido pelo substituto de Carneiro no meio-campo, Coelho da Costa, para gáudio da esmagadora maioria da massa adepta que enchia o Campo de Monserrate e provocara uma atmosfera tensa até para o árbitro galego nomeado pela Real Federação Espanhola de Futebol para atenuar as pressões que por cá começavam a abundar.

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António Tadeia
·
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Muito bem comandada por Akös Teszler, o treinador húngaro que chegara ao clube para o lugar de Adolphe Cassaigne, em finais de 1922, e posteriormente se tornaria o primeiro a ser pago para ocupar a função, o FC Porto desenvolvia um futebol agradável de ser ver, muito à base do passe curto e rápido. Era um jogo apoiado, já com alguma liberdade tática dada aos jogadores. “A liberdade de cada um acaba quando começa a liberdade do outro”, defendia Teszler, que não ganharia mais nenhum título nacional antes de deixar o FC Porto e emigrar para os Estados Unidos, em 1927, quando viu uma Assembleia Geral negar-lhe um pedido de aumento salarial. Teszler ganhava então mil escudos por mês e na imprensa local dizia-se que em Lisboa havia quem pagasse o dobro. Mesmo assim, os sócios negaram-lhe a pretensão, votando em sentido inverso ao que haviam feito três anos antes, quando o FC Porto teve a oportunidade única de assinar contrato com o jovem guarda-redes Mihaly Siska, de 18 anos, que estava pronto a deixar o Vasas Budapeste, desde que lhe arranjassem um emprego no Porto.

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