Factos rápidos da 21ª jornada
O futebol não são números, mas os números ajudam-nos a ver coisas que podiam escapar-nos. Aqui ficam nove factos acerca da 21ª jornada da Liga, um por jogo, a abrir em Hjulmand e fechar em Djibril.

Palavras: 1932. Tempo de leitura: 9 minutos (texto sem áudio no Telegram). Quadros: 6.
A presença de Hjulmand no FC Porto-Sporting foi imponente, mas não tanto como a de Djibril no Farense-Nacional, em que o senegalês pulverizou o recorde de duelos ganhos num jogo da Liga Portuguesa. Na Luz, vimos um Carreras invulgarmente incerto nas entregas, a perder passes como ainda não lhe tinha acontecido. E no Estoril uma equipa faltosa a passar pelos intervalos da chuva da ação disciplinar. Não acho, de todo, que os números possam explicar um jogo, mas gosto de recorrer a eles para destapar verdades por vezes escondidas ao primeiro olhar. E é isso que faço aqui, a cada jornada, para todos os jogos da Liga Portuguesa, sempre com o apoio do radar Goal Point.
FC Porto 1, Sporting 1
Hjulmand foi o melhor jogador em campo no clássico de sexta-feira, impondo a sua lei nos duelos que foi disputando e ainda por cima chegando a um recorde pessoal – e da equipa – de recuperações de bola. O médio dinamarquês fez 13 recuperações ao longo dos 90 minutos, valor que até aqui, nesta Liga, só Diomande tinha conseguido, no 0-0 em Barcelos com o Gil Vicente – e para um defesa é mais fácil. O recorde do campeonato são as 15 somadas por Luís Esteves, do Nacional, e Carreras, do Benfica, nos jogos que ambos fizeram contra o Estoril. Sucede que Hjulmand não se destacou só nesse aspecto: ganhou 11 dos 15 duelos em que se meteu, incluindo os oito defensivos. Só perdeu quatro dos sete duelos ofensivos, com Pepê, Eustáquio, Varela e Namaso. A percentagem de duelos ganhos (73%) só não foi a mais elevada do desafio, porque Diomande e Bragança a superaram, ambos com sete duelos ganhos em nove (77%). Ao todo, o Sporting ganhou 77 de 129 duelos individuais na partida, facto no qual baseou grande parte da capacidade para quase levar a vantagem até ao fim.