F80 (44): Rogério
Foi o herói do Benfica na década de 40 e o primeiro a erguer um troféu internacional pelo clube. Melhor marcador das finais da Taça de Portugal, despediu-se porque não quis ser profissional.
Para a história, Rogério ficou o “Pipi”. O nome, inventado pelo colega Albino, depois de se perceber que o “Agulhas” não pegara, tinha tudo a ver com ele. Porque era alto e bem parecido, gostava de se vestir bem e pediu a um alfaiate que lhe fizesse fatos copiados da última moda italiana, com casacos de três botões e calças apertadas em baixo. Mas sobretudo porque, em campo, era um exemplo de elegância de movimentos, de fineza no trato da bola, de requinte no drible e na exigência estética. A visão romântica levou-a até ao fim quando recusou o profissionalismo e trocou o Benfica, onde vencera a Taça Latina e se tornara o melhor marcador de sempre em finais da Taça de Portugal, pelo Oriental, que ajudou a subir de divisão.