F80 (410): Rui
Em toda a vida, Rui só conheceu um símbolo: o do FC Porto. Passou 18 épocas nas Antas, que fazem dele o guarda-redes de maior longevidade na história dos dragões. Muitas vezes como eterno suplente.
Quando ele chegou, ufano do título de campeão europeu ganho na seleção de juniores, havia Américo e a baliza do FC Porto não se discutia. Quando, anos depois, na sequência da crise do titular com Pedroto, ganhou o lugar, o clube entrou em convulsão, com uma sequência de maus anos que levaram os responsáveis a procurar outras soluções. Ainda fez de alternativa a Tibi, a Torres e a Fonseca, os dois últimos pedidos expressos do mesmo Pedroto que, noutras vidas, o havia escolhido para as redes dos juniores, primeiro, e para dar um exemplo à maior lenda das balizas azuis e brancas, depois. Rui é o guarda-redes com mais anos de permanência nos planteis do FC Porto, nos quais esteve de 1961 a 1979, mas dessas 18 temporadas só viveu três como titular. Parou, por isso, aos 135 jogos feitos na I Divisão. E precisou do último, quinze minutos contra o SC Braga, a 9 de Junho de 1978, já com tudo decidido, para somar o seu primeiro título de campeão nacional. Foi um prémio à dedicação de um guarda-redes a quem foi sempre faltando baliza.
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