F80 (405): González
Scopelli chamou-lhe predestinado e o que González fez no Belenenses até à primeira lesão dava-lhe razão. Driblava, chutava, cruzava e defendia. Mas já era uma sombra quando foi bicampeão no FC Porto.
Durante quatro anos, Francisco González foi uma das estrelas mais brilhantes do futebol em Portugal. O paraguaio que Alejandro Scopelli descobriu na lista de sobras do Real Madrid era mais do que suficiente para elevar o Belenenses a glórias a que o Restelo já não estava assim tão habituado naquele início dos anos 70. Melhor marcador da equipa a partir da ponta, ele era imprevisível no drible e nas deambulações pelo resto do campo, produzindo cruzamentos com olhos e remates com asas de onde quer que se encontrasse. Depois, a meio do quinto ano, veio uma rotura. Coisa simples, mas que se complicou de tal maneira que ele nunca mais foi o mesmo. De 1977 a 1981, González ganhou dois campeonatos, já ao serviço do FC Porto, mas não chegou a fazer 40 jogos, entre dois anos nas Antas e outros dois de volta ao Restelo. Pendurou as botas em 1982, aos 31 anos, quando percebeu que já nem para o Atlético, na III Divisão, tinha andamento. E isso notava-se tanto mais quanto os adeptos lembravam o jogador fogoso e imparável que ele tinha sido, sempre acima dos dez golos por campeonato no seu auge.
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