F80 (399): Sousa
É o segundo futebolista com mais jogos na Liga Portuguesa e provavelmente aquele com quem o campeonato foi mais injusto, pois só tem uma medalha de campeão para ilustrar uma carreira brilhante.
António Sousa foi o segundo de uma dinastia que já vai na quarta geração de futebolistas, três deles internacionais. Ele próprio diz que lhe contam que o pai, Cândido, “jogava muito”, apesar de nunca ter passado da Sanjoanense, nos escalões secundários. O filho, Ricardo, chegou a prometer seguir as pisadas dele no FC Porto, mas foi depois sobretudo a sua extensão no campo, enquanto ele foi o treinador do Beira Mar que ganhou uma Taça de Portugal. E o neto, Afonso, que partilhou as origens com o avô e o pai, joga neste momento na Polónia, de onde vem para representar a seleção nacional de sub21. Mas é justo que se diga que António, filho de Cândido, pai de Ricardo e avô de Afonso, foi o melhor de todos os Sousa. Goleador da Sanjoanense e, depois, do Beira Mar, ali foi convertido em médio que via a baliza como poucos, função na qual se tornou uma das maiores figuras do FC Porto dos anos 80, resistindo até aos efeitos de uma deserção para o Sporting, a meias com Jaime Pacheco. Sousa voltou a casa depois de dois anos em Alvalade e em boa hora o fez, pois foi a partir daí, já na maturidade dos seus quase 30 anos, que se fez campeão nacional, europeu e mundial, uma forma tardia mas justa de honrar a carreira do segundo jogador com mais presenças na I Divisão: 484, duas a menos do que Manuel Fernandes.
Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias
Subscreva a António Tadeia para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.