F80 (397): César
Foi alvo da primeira transferência internacional do Benfica e, meses depois, resolveu uma final da Taça de Portugal. Mas foi no Grêmio que César mais fez falar dele, com o golo que deu a Libertadores.
É verdade que sempre com o contributo de jogadores vindos das então colónias africanas, mas o Benfica foi durante décadas orgulhosamente português. Não contratava estrangeiros. Parece estranho até imaginar isso nos dias de hoje. Porém, o primeiro estrangeiro a vestir a camisola do Benfica, o brasileiro Jorge Gomes, precisou até de uma Assembleia Geral para se mudar do Boavista para a Luz. Aconteceu em Julho de 1979. Aberto o precedente, no Inverno que se seguiu, com o Benfica ainda em animada luta a três com FC Porto e Sporting pelo topo da tabela da I Divisão, o presidente José Ferreira Queimado deitou abaixo mais uma barreira e foi ao Brasil contratar um jogador. Falava-se muito de Cláudio Adão, que foi paixão duradoura e que anos mais tarde viria até a jogar alguns particulares pelos encarnados, mas o protagonista da primeira transferência internacional do Benfica acabou por ser César, um atacante mais barato, mas que ao mesmo tempo até acabara de se sagrar o melhor marcador do campeonato brasileiro de 1979, ao serviço do América, do Rio de Janeiro. César chegou, teve uma primeira meia época de bom nível, foi até dele o golo que deu a vitória na final da Taça de Portugal de 1980, mas a sua chama foi-se depois extinguindo, até ser dispensado por Sven Goran Eriksson, três anos depois de chegar.
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