F80 (393): Vata
Nenhum golo foi tão importante para Vata como o que ele recusa admitir ter marcado com a mão, na meia-final da Taça dos Campeões Europeus. Mas há muito mais para contar na vida do angolano.
O Benfica de 1990 era já uma espécie de equipa de transição, entre o Benfica dos jogadores da casa, das aquisições feitas no mercado nacional, e o Benfica capaz de seduzir algumas grandes estrelas que vinham de fora. Havia Ricardo, Aldaír e Valdo, internacionais brasileiros, como havia Thern e Magnusson, da seleção da Suécia, mas havia também gente de origem e presente mais modestos. No segundo lote entrava Vata, um angolano que chegou à Luz sem que muitos soubessem exatamente para quê, depois de quatro anos entre a I e a II Divisões, no Varzim. Mas à primeira época ele foi logo o melhor marcador do campeonato, ainda que com apenas 16 golos. E na segunda protagonizou o momento que levou o Benfica à final da Taça dos Campeões Europeus. Foi na Luz, cheia como um ovo naquela noite de a 18 de Abril de 1990, e Vata saíra do banco já na segunda parte para ocupar a vaga de Lima. Meia-hora depois, a 8’ do fim, marcou na baliza de Castaneda o golo que valia a final. Foi com a mão? As imagens televisivas dizem que sim – e o jogo não passou em direto em Portugal –, mas o árbitro não viu e Vata nunca o confirmou. Contou.
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