F80 (387): Jacinto João
A perna torta, à Garrincha, enganava bem. Não parecia um atleta, mas foi o maior futebolista de toda a história do Vitória FC. Driblador brilhante e goleador frequente, JJ marcou uma era.
Olhava-se para ele e não se diria que era um atleta de alta competição. Jacinto João, que para os adeptos era o Jota-Jota, não tinha, como dizia Fernando Vaz, o treinador que o lançou em Portugal, “apetite de movimento”. Parecia molengão, arrastava a voz a falar, tinha uma perna torta, mas quando lhe davam uma bola e uma resma de adversários pela frente tornava-se imparável. “Adivinhar o que vai fazer o Jacinto João é como adivinhar o Totobola”, disse uma vez Malta da Silva, lateral do Benfica a quem o angolano infernizou tantas tardes. Em quinze anos de verde e branco, Jacinto João contribuiu de forma decisiva para aquele que foi o melhor período da história do Vitória e tem hoje uma estátua no Estádio do Bonfim.
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