F80 (383): Costa
Costa impunha a criatividade e a qualidade do pé esquerdo no drible, que o levava sempre a procurar mais a linha de fundo para a assistência do que a linha de baliza para o golo.
Olha-se para o registo numérico da carreira de Costa e, tendo ele sido atacante, nota-se que não fez muitos golos. Mas para entender o futebol deste portuense que começou por destacar-se com a cor negra da Académica para depois brilhar de azul e branco no FC Porto de Pedroto é preciso ir mais fundo e procurar as assistências. O futebol dele, sempre encostado à esquerda, a driblar no sentido da linha de fundo, era a delícia de qualquer ponta-de-lança. Que o diga Fernando Gomes, cuja primeira Bota de Ouro europeia, em 1983, tem grande contributo de Costa, nessa altura já a dar as últimas nas Antas, antes de ser substituído por Vermelhinho e, mais tarde, por Futre nesse papel.