F80 (375): Yekini
Yekini era um touro. Um poço de força. Chamavam-lhe Deus Negro em Portugal, Yeking ou Goalfather na Nigéria. A carreira, longa, contrasta com a vida, curta e terminada em circunstâncias misteriosas.
Há uma imagem marcante na vida de Rasheed Yekini. Foi registada a 21 de Junho de 1994, quando o avançado celebrou, sozinho e a chorar, agarrado às redes da baliza da Bulgária, o primeiro golo nigeriano na fase final de um Mundial. Tinha sido ele a marcá-lo, o choro vinha de dentro, do amor patriota que punha sempre em tudo o que tinha a ver com o país que o vira nascer, mas a equipa não lhe perdoou. E quando estava no pináculo de uma carreira que vinha subindo desde que, dez anos antes, jogara uma final da Taça dos Campeões Africanos, Yekini começou a ver tudo correr-lhe mal. Jogou durante mais uma década, mas já sem o brilho que o levara a ser melhor marcador de Portugal nessa época, com o Vitória FC, ou maior influência na seleção que ganhara a Taça das Nações Africanas.
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