F80 (370): Vítor Batista
Autointitulava-se “O Maior” e talvez pudesse tê-lo sido. Avançado pleno de força e dono de uma coragem insana, viu o talento travado pelo álcool e pelas drogas duras, que o destruíram antes do fim.
Há a cena do brinco, de que toda a gente fala, porque aconteceu num Benfica-Sporting e teve a normal amplificação. A 12 de Fevereiro de 1978, Vítor Batista fez um golão a Botelho, resolveu o dérbi lisboeta e mandou parar o jogo, ante o beneplácito do árbitro, o alentejano Rosa Santos, para procurar o brinco que lhe fugira do lóbulo da orelha nos festejos. Nunca o encontrou. Tal como nunca mais reencontrou aquilo que prometia ser: um futebolista de exceção, o atacante que metia a força e o poder do concreto no excessivamente macio e artístico futebol português da década de 70. Porque a cena do brinco foi apenas mais uma – e uma das últimas, a esgotar a paciência dos responsáveis benfiquistas.
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