F80 (365): Olavo
Os argumentos técnicos ter-lhe-iam permitido jogar mais à frente, mas foi como defesa-lateral que desbravou caminho, cometendo a então rara proeza de chegar às seleções como jogador do Marítimo.
Na família de Olavo, o futebol era coisa importante. O seu avô materno era Alexandre Rodrigues, extremo-esquerdo do Marítimo nos anos 20 e 30 e mais tarde treinador, dirigente e mecenas do clube de que chegou a ser também o sócio número um, até morrer, com 90 anos. O tio era Adelino Rodrigues, de quem se diz que era pior futebolista mas igualmente bom dirigente, tendo sido um dos rostos por trás do crescimento do Marítimo na década de 70, na qualidade de diretor do departamento de futebol. Se é verdade que quem sai aos seus não degenera, então o pequeno José Olavo limitou-se a ser fiel à tradição familiar e aos 18 anos, com idade de júnior e chamadas à seleção nacional da categoria, já jogava entre os seniores do clube da família, que era também o dele, de coração.