F80 (357): Neto
Chamaram-lhe “Formiga” ou o “Sr. Movimento Perpétuo”. Neto era um médio combativo, que não parava de morder os calcanhares aos adversários. Foi bicampeão europeu no Benfica, mas não chegou à seleção.
José Neto era um operário. Em todos os sentidos da palavra. Trabalhava numa fábrica de cortiça, na margem sul do Tejo, e mostrava nos campos de futebol, ao domingo, com a camisola do CD Montijo, os mesmos atributos que se lhe viam durante a semana: voluntarismo total, um espírito gregário difícil de igualar. No futebol, era aquilo a que a dada altura passou a chamar-se um “carregador de piano”. E foi isso que, anos antes de se tornar selecionador nacional, na epopeia dos Magriços, nele viu Manuel da Luz Afonso, à data apenas dirigente do Benfica. E, importante, o dono da fábrica de cortiça onde trabalhava Neto.
Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias
Subscreva a António Tadeia para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.